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Interior

Índios decidem manter bloqueio em rodovia por tempo indeterminado

Alan Diógenes | 21/07/2014 20:22
Indígenas pedem sinalização na rodovia, para em seguida poder liberá-la. (Foto: Osvaldo Duarte)
Indígenas pedem sinalização na rodovia, para em seguida poder liberá-la. (Foto: Osvaldo Duarte)

Faz mais de 24 horas que os indígenas estão bloqueando a Perimetral Norte, no trecho entre a avenida Guaicurus e a rodovia MS-156, em Dourados, a 230 quilômetros de Campo Grande. A situação piorou ainda mais com a morte da indígena Lenilza Nunes, 46 anos, que estava internada desde de domingo (20), quando foi atropelada na via. O acidente culminou no bloqueio da rodovia. As lideranças indígenas já informaram que irão continuar com o bloqueio por tempo indeterminado.

De acordo com a liderança indígena Bororó Gaudêncio Benitez, em entrevista cedida ao site Dourados News, eles querem continuar com o protesto até que a sinalização da rodovia seja melhorada, e tenha segurança para a passagem de pedestres. “Não vamos liberar, não teve acordo ainda. Estamos esperando uma ligação do secretário de governo para irmos para Campo Grande ter uma audiência com o governador”, explicou.

O bloqueio iniciou na noite deste domingo após o atropelamento da indígena, que morreu na tarde desta segunda-feira (21), no Hospital da Vida. “Estamos otimistas com o nosso movimento, mas a realidade é que só vamos nos retirar depois que começarem de fato a colocar a sinalização aqui. Quando vermos a instalação de quebra molas, aí sim liberaremos a passagem. Não dá mais para continuar do jeito que está, já tivemos cinco mortes de indígenas nos últimos meses”, disse o capitão da Aldeia Jaguapiru, Laucídio Ribeiro Flores, ao site Dourados News.

O secretário municipal de Governo, José Jorge Filho, esteve pela manhã na rodovia em nome do prefeito Murilo Zauith (PSB), para negociar a liberação da via, sem sucesso. A prefeitura estuda agora uma nova proposta para os índios, para que eles deixam a rodovia.

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