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Interior

Índios ocupam fazenda para ter acesso à escola e PF investiga tiroteio

Aliny Mary Dias | 13/02/2014 17:12
Área foi ocupada na noite de ontem (12) em Iguatemi, região Sul do Estado (Foto: Divulgação/Cimi)
Área foi ocupada na noite de ontem (12) em Iguatemi, região Sul do Estado (Foto: Divulgação/Cimi)

Indígenas guarani-kaiowá da região de Iguatemi, a 466 quilômetros da Capital, ocupam desde a noite de ontem (12) a sede da fazenda Cambará. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), os índios reivindicam acesso à educação e durante o ocupação houve tiroteio.

Durante a ocupação, os funcionários da fazenda teriam se "desentendido" com os indígenas e houve tiros, cápsulas foram recolhidas pela Polícia Federal. A informação confirmada pela Funai é que não há registro de feridos. Equipes da PF estiveram na região por volta das 22 horas de ontem, e orientaram os proprietários que estavam na sede para evitar atos violentos.

A situação ficou mais crítica, segundo o coordenador regional da Funai, Silvio Raimundo, porque os índios estão há mais de 2 anos sem estudar. A única escola da região fica na cidade de Iguatemi, mas eles reivindicam uma instituição na aldeia.

Segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a ocupação já reúne 250 indígenas que impedem a entrada na porteira da fazenda. Funcionários da Funai foram para a fazenda nesta quinta-feira e conforme o coordenador do órgão a situação é tranquila.

Em toda a região de Iguatemi, Eldorado e Japorã, a população dos guarani-kaiowá chega a 7,5 mil indígenas.

O Campo Grande News tentou falar com o proprietário da fazenda, Osmar Bonamiro, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento da reportagem.

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