Mais um ligado à quadrilha dos irmãos Toko é preso escondido em condomínio
Proprietário de empresa de internet é acusado de comprar droga da quadrilha para revender
Acusado de tráfico de drogas, o empresário Jhonatan Wilson Pinheiro foi preso hoje (19) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, no âmbito da Operação Kaizen, deflagrada no dia 14 deste mês pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
A quadrilha é chefiada pelos irmãos Teruo Toko Neto, 26, e Carlos Quendi Koga Toko Junior, 28, integrantes de família tradicional da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Eles já estavam presos no Rio de Janeiro e Dourados, respectivamente.
Dono de uma empresa de internet, Pinheiro teve a prisão preventiva decretada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados junto com outros 11 integrantes da quadrilha, mas ainda não tinhas sido localizado. Ele é acusado de comprar droga dos irmãos
Na manhã de hoje, policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) o encontraram escondido no residencial Moradas Dourados, condomínio fechado localizado na região oeste da cidade.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, chefe da Defron, com a prisão do empresário, todos os mandados expedidos pela Justiça estão cumpridos. Além dos 12 presos preventivamente, seis foram presas em flagrante no dia das buscas.
Maconha líquida – A quadrilha dos irmãos Toko ficou conhecida pela preocupação constante de sempre procurar melhorar a qualidade da droga. Até maconha líquida, conhecida como BHO e por “óleo de butano”, era fornecida pelo grupo para ser consumida em narguilé e cigarro eletrônico.
A polícia começou a desmontar a quadrilha dos irmãos Toko após a apreensão de três toneladas de maconha, skunk e “óleo de butano” em uma casa no Parque dos Jequitibás, em Dourados, no dia 11 de maio deste ano.
No local havia tubos de ensaio, maçaricos e gás butano, destinados à produção da maconha líquida com altíssimo poder alucinógeno. A quadrilha tinha contratado até mesmo um químico, o douradense conhecido como “Piruka”, responsável pela produção do BHO. Ele está preso.
Conforme a Defron, apenas nos últimos seis meses a quadrilha movimentou pelo menos R$ 4 milhões usando conta de “laranjas” e compra de carros. Duas carretas, cada uma avaliada em R$ 200 mil, foram apreendias por ordem judicial.
Recolhido no “Presídio Gabriel Ferreira Castilho”, conhecido como Bangu 3, no Complexo Penitenciário de Gericinó (RJ), Teruo Toko Neto é réu em dois processos por homicídios em Dourados.
As mortes ocorreram no intervalo de cinco dias, em agosto de 2016. As vítimas eram supostos traficantes do mesmo grupo e foram mortos por desentendimentos dentro da quadrilha.