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Interior

Mandante e executores são condenados a 69 anos por assassinato de agiota

Ademir José de Almeida foi executado a tiros quando chegava em casa no dia 1º de junho de 2023

Por Ana Paula Chuva | 14/11/2025 06:38
Mandante e executores são condenados a 69 anos por assassinato de agiota
Equipes de Perícia e da Polícia Civil no local do crime em 2023 (Foto: Arquivo | Sidney Assis)

Três homens foram condenados pelo assassinato de Ademir José de Almeida. O crime aconteceu em 1º de junho de 2023, quando a vítima chegava em casa, na Rua dos Gerânios, bairro Senhor Divino, em Coxim, distante 253 quilômetros de Campo Grande. Os acusados foram presos quatro dias depois, em uma chácara na região do Quatro Pé.

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Três homens foram condenados a 69 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de Ademir José de Almeida, ocorrido em junho de 2023 em Coxim, Mato Grosso do Sul. O crime foi motivado por uma discussão envolvendo a negociação de um barco entre a vítima e Josimar Silva de Oliveira, apontado como mandante.O assassinato foi executado por Pedro Henrique Lourenço e Gilmar da Silva Oliveira, que abordaram a vítima em uma motocicleta. Após julgamento de 12 horas, os três réus foram condenados em regime fechado, sem direito a recurso em liberdade. O crime foi considerado de motivo torpe e praticado com recurso que dificultou a defesa da vítima.

O julgamento aconteceu na terça-feira (11), mas a sentença foi divulgada nesta sexta-feira. Dos quatro presos, três sentaram no banco dos réus: Gilmar da Silva Oliveira, Pedro Henrique Lourenço e Josimar Silva de Oliveira. Eles foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), ainda em junho daquele ano.

Conforme a denúncia, Ademir chegava em casa quando Gilmar e Pedro se aproximaram em uma motocicleta e efetuaram os disparos contra o homem. O crime foi organizado por Josimar, que trabalhava fazendo cobranças para a vítima. No entanto, os dois tiveram uma discussão por conta da negociação de um barco.

Ainda de acordo com a investigação, o homem retirou a embarcação de Josimar, que passou a ameaçá-lo de morte. Sendo assim, foi concluído que o crime foi motivado por motivo torpe e praticado com recurso que dificultou a defesa da vítima. Os três acabaram presos dias depois em uma chácara.

O julgamento durou mais de 12 horas e os promotores de Justiça, Marcos André Sant’Ana Cardoso e Victor Leonardo de Miranda Taveira, destacaram na acusação que o crime também colocou em risco a vida de outras pessoas, já que foi cometido durante o dia em via pública.

As defesas sustentaram as teses de absolvição ou de desclassificação do delito, alegando insuficiência de provas e menor envolvimento, as quais foram rejeitadas pelo Conselho de Sentença. O juiz Bruno Palhano Gonçalves sentenciou os três a 69 anos e seis meses de prisão.

Josimar, apontado como mandante, foi condenado a 28 anos; Gilmar, que pilotava a motocicleta no dia do crime, foi sentenciado a 25 anos; e Pedro, responsável pelos tiros que mataram a vítima, vai cumprir 16 anos e seis meses. Todos cumprirão a pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.