Motorista é denunciado por estuprar e obrigar sobrinhos a ver "pornô"

Após anos de abusos praticados contra cinco sobrinhos, motorista de veículos pesados foi denunciado à polícia. O homem, hoje com 48 anos, chegou a ser preso, ficou em prisão domiciliar, mas na terça-feira passada, dia 20 de abril, conforme publicado no Diário Oficial da Justiça, foi autorizado a tirar tornozeleira eletrônica, sendo obrigado apenas a se manter a 250 metros de distância de duas das vítimas e não fazer contato de maneira alguma com as mesmas.

Os abusos aconteceram na cidade de Nova Andradina, conforme relataram os sobrinhos à polícia. As denúncias foram feitas em dezembro do ano passado, depois que a maior parte das vítimas já eram adultas, mas os crimes ocorreram quando as mesmas eram crianças e adolescentes.

Um dos denunciantes conta que começou a ser abusado aos 10 anos. Em 2008, após o falecimento da mãe, ele e a irmã foram morar com a tia e o marido. O homem levava o garoto para uma casa que estava construindo sob o pretexto do menino ajuda-lo na obra. No local, porém, chantageava a criança para permitir que o denunciado praticasse sexo oral e introduzisse o dedo em seu ânus, enquanto se masturbava. A criança também era surpreendida pelo tio no meio da noite. O motorista ameaçava dizendo que mandaria o sobrinho para um orfanato caso não permitisse a violência sexual e contasse dos abusos para alguém.

A vítima conta que só se livrou do tio quando foi morar com uma namorada. Ele tentou se esquecer dos estupros, até que percebeu que uma prima, hoje com 17 anos, tinha os mesmo sintomas psicológicos que ele (dificuldade para dormir, crises de pânico).

Em conversa com ela e outro primo, todos se descobriram vítimas do tio. Consta nos relatos que o motorista praticou com os sobrinhos, meninos e meninas, sexo oral, anal e os obrigava a assistir vídeos pornográficos em troca de presentes ou sob ameaças.

Depois das denúncias, feitas em dezembro, a Justiça decretou a prisão do homem, que foi revogada em 11 de janeiro desta ano. O denunciado foi autorizado a retirar a tornozeleira eletrônica depois que, no dia 13 de abril, duas das vítimas prestaram novos depoimentos se retratando e alegando que haviam sido influenciadas pelo primo que tomou a iniciativa de ir à polícia contra o tio.