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Interior

MP quer cancelar “Nioaque Folia” e investiga Carnaval de Porto Murtinho

A festa tradicional já foi cancelada em várias cidades de Mato Grosso do Sul

Aline dos Santos | 16/02/2019 16:00
Prefeitura de Nioaque divulga festa e promotora questiona uso de dinheiro público.
Prefeitura de Nioaque divulga festa e promotora questiona uso de dinheiro público.

Deficiências sociais, ruas esburacadas, frágeis pontes de madeira, debilidade do transporte escolar, falta de leito na Unidade de Pronto Atendimento e lixão. Delineando esse cenário sobre os problemas financeiros da prefeitura de Nioaque, a promotora Mariana Sleiman abriu inquérito civil para apurar gastos públicos incompatíveis com a realidade do município e o evento “Nioaque Folia”.

A administração municipal contratou show do cantor Israel Novaes, atração nacional, e vai pagar R$ 60 mil. Outros R$ 55 mil devem ser gastos com palco, iluminação, equipamento de som, banheiros, diárias de seguranças e atrações para os demais dias de festa.

A promotora recomendou que o prefeito Valdir Couto Souza Júnior faça rescisão dos contratos e não destine dinheiro público para o Carnaval. A reportagem não conseguiu contato com o prefeito neste sábado (dia 16).

A festa já foi cancelada em várias cidades do Estado e agora também é investigada pelo MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em Porto Murtinho.

A promotora Juliana Pellegrino Vieira apura eventual irregularidade na utilização de verba pública no “Porto Pantanal Folia 2019". A prefeitura lançou licitações para contratação de empresa especializada em fornecimento de estrutura e bandas e para definir a empresa que vai explorar o bar oficial do evento. Nesta segunda licitação, a oferta para gerir o espaço começa em R$ 10 mil.

De acordo com o prefeito Derlei João Delevatti (PSDB), na segunda-feira será feita reunião para analisar o procedimento do Ministério Público. A prefeitura pretende investir até R$ 43 mil no Carnaval e planeja atrair o público de cidades que cancelaram a festa.

“Na realidade, o Carnaval que estamos projetando é com o mínimo de custo possível e a terceirização do bar oficial é para amenizar o custo total do evento”, afirma o prefeito.

Segundo ele, não há irregularidade nos processos licitatórios e o Ministério Público questiona o uso de verba pública para o Carnaval diante de necessidades na saúde e educação.

A festa com uso de verba pública já foi cancelada em Dois Irmão do Buriti, Terenos, Aquidauana, Coxim, Chapadão do Sul, Rio Verde, Anaurilândia, Bonito e Jardim.

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