ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 22º

Interior

MPF diz que União descumpre sentença de fornecer água a índios

Órgão pede que caso não haja o cumprimento dos pedidos, seja cobrada multa e o valor seja bloqueado nos cofres públicos

Gabriel Neris | 09/04/2018 13:23
Ministério Público pede que União comprove o fornecimento de água aos indígenas de Iguatemi (Foto: MPF/Divulgação)
Ministério Público pede que União comprove o fornecimento de água aos indígenas de Iguatemi (Foto: MPF/Divulgação)

O MPF (Ministério Público Federal) cobrou que a União comprove a distribuição de água potável aos indígenas da comunidade Pyelito Kue, em Iguatemi – a 466 km de Campo Grande. Segundo o órgão, atualmente os índios estão sendo assistidos por caminhão-pipa, mas de maneira irregular, portanto, estariam se utilizando a cursos de água não potável.

No dia 1º de abril de 2016 houve a sentença definitiva da Justiça Federal de Naviraí, determinando “o início das obras em 30 dias para perfuração de poço, instalação de sistema de tratamento de água e rede de distribuição para as residências dos indígenas e a conclusão das mesmas em 120 dias”.

O MPF pede que caso não haja o cumprimento dos pedidos, seja cobrada multa e o valor seja bloqueado nos cofres públicos. O órgão ajuizou ação civil pública em setembro de 2015 contra a União, depois de constatadas as péssimas condições de acesso à água da comunidade.

De acordo com o MPF em Naviraí, os representantes da aldeia informaram que precisaram voltar a buscar água em minas de procedência duvidosa pela falta de funcionamento da Mini-ETA (Estação de Tratamento de Água), instalada de forma incompleta pela Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena).

Em visita, o órgão constatou a precariedade e a irregularidade do abastecimento por meio de caminhão-pipa, medida adotada pela Sesai. Os moradores afirmaram que o abastecimento ocorria somente uma vez por semana, insuficiente para atender cerca de 180 pessoas.

“os insistentes pedidos que a comunidade tem feito especificamente pela perfuração de um poço não é uma exigência desproporcional, irrazoável ou um luxo. Trata-se de um insistente clamor de uma comunidade que está vendo sua sobrevivência ameaçada diuturnamente, diante do passivo olhar do Estado”, destacou o MPF.

Nos siga no Google Notícias