ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Interior

MPF pede que 5 acusados por morte de indigena sejam levados a júri

MPF sustenta que. há 6 anos, proprietários rurais se armaram para ataque que matou 1 e deixou 6 feridos

Mirian Machado | 05/07/2022 15:56
Fazenda Yvu, onde indígena foi morto em junho (Foto: Helio de Freitas)
Fazenda Yvu, onde indígena foi morto em junho (Foto: Helio de Freitas)

O MPF (Ministério Público Federal) apresentou alegações finais pedindo que os cinco proprietários rurais denunciados por ataques contra indígenas em Caarapó sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Em 14 de junho de 2016, no ataque ao acampamento montado na fazenda Yvú, invadida dois dias antes, o agente de saúde indígena Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, 26, foi morto a tiros e pelo menos outros seis indígenas ficaram feridos.

Os proprietários rurais teriam organizado e executado, com cerca de 40 caminhonetes, auxílio de três pás carregadeiras e mais de 100 pessoas, muitas delas armadas, o ataque à comunidade Tey Kuê. Eles retiraram à força um grupo de aproximadamente 40 indígenas guarani kaiowá de uma propriedade ocupada por eles.

O indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza foi assassinado com um tiro no abdômen e outro no tórax. Outros seis indígenas, inclusive uma criança de 12 anos, foram atingidos por disparos e ficaram gravemente feridos. Dois índios sofreram lesões leves e a comunidade foi constrangida violentamente a deixar a área.

Após longa tramitação do processo, o MPF entendeu que o conjunto probatório levantado durante a fase investigatória e ratificados em juízo demonstram de forma inequívoca a existência de crime doloso contra a vida e suficientes indícios de sua autoria para que os acusados sejam levados ao julgamento pelo Tribunal do Júri.

Cartuchos deflagrados recolhidos por indígenas após ataque em 2016. (Foto: Helio de Freitas)
Cartuchos deflagrados recolhidos por indígenas após ataque em 2016. (Foto: Helio de Freitas)


Nos siga no Google Notícias