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Interior

No 10º dia de protesto de bolivianos, fronteira é aberta parcialmente

Comissão do Governo Boliviano chegou ao local e agora, permanece interditada apenas a estrada de Punta Carretera

Clayton Neves | 17/07/2020 07:17
Manifestantes fechando rodovia e caminhões paradas do fundo (Foto: Direto das Ruas)
Manifestantes fechando rodovia e caminhões paradas do fundo (Foto: Direto das Ruas)

Anunciado por apenas duas horas, o fim do bloqueio na rodovia entre Corumbá e Arroyo Concepción foi mantido após sinalização do Governo Boliviano em conversar com os manifestantes que reivindicam mais atenção no controle da covid-19 no País. Agora, depois de 10 dias, permanece interditada apenas a estrada de Punta Carretera.

De acordo com presidente da SetLog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Corumbá e Ladário), Lourival Junior, comissão do ministério da saúde do País vizinho chegou a fronteira na quinta-feira (16) por volta das 23 horas. Hoje (17) pela manhã, os representantes do Governo devem se reunir com os manifestantes para tentar negociar o fim do bloqueio em Punta Cerretera e impedir que a região de fronteira seja novamente fechada.

Ontem, após intervenção do Itamaraty, os manifestantes decidiram liberar a pista em Arroyo Concepción por duas horas, após nove dias de bloqueio. No entanto, após sinalização do ministério da saúde, optaram por manter a área aberta.

Cerca de 200 caminhoneiros brasileiros, que estavam parados, conseguiram seguir viagem para descarregar cargas tanto em Corumbá, quanto em outras cidades de Mato Grosso do Sul. Ficaram paradas apenas cargas não perecíveis e o congestionamento de veículos foi de pelo menos 20 km.

O motivo – No dia 8, manifestantes fecharam a rodovia próximo a Corumbá em protesto por melhorias na saúde para o enfrentamento da pandemia do coronavírus. Foi quando caminhões, que antes tinham liberação para passar, começaram a formar fila na rodovia.

Em entrevista ao Diário Corumbaense, o presidente do Comitê Cívico de Puerto Suárez, Humberto Miglino Rau, explicou que o protesto não tem cunho político e enfatizou que faltam equipamentos e itens médicos para os profissionais que atuam no País.  “Nós enviamos duas cartas ao presidente do país com as reivindicações e não fomos atendidos. Fizemos um bloqueio de 48h e não fomos atendidos”, declarou fazendo menção ao protesto realizado no mês passado.

Dentre as reivindicações estão a de melhorar a estrutura do Hospital San Juan de Dios que atende pacientes das cidades bolivianas mais próximas.



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