Gaeco investiga diretor de hospital e vereadores por contrato de R$ 5,4 milhões
Operação na manhã de hoje mira compra de equipamentos de empresa condenada por descumprir contrato

Operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) cumpre mandado de busca e apreensão em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande. Um dos alvos é o presidente do Hospital Beneficente Dona Elmiria Silvério Barbosa, Jacob Breure, além de vereadores e ex-vereadores.
RESUMO
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O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) realiza operação de busca e apreensão em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. Entre os alvos estão o presidente do Hospital Beneficente Dona Elmiria Silvério Barbosa, Jacob Breure, além de vereadores e ex-vereadores do município. A operação está relacionada a um processo judicial envolvendo a empresa Pharbox Distribuidora Farmacêutica, que não cumpriu contrato de R$ 5,4 milhões com o hospital. A empresa deveria fornecer equipamentos hospitalares, incluindo uma ressonância magnética e uma autoclave, pagos integralmente em dezembro de 2022, mas nunca entregues.
A equipe do Gaeco esteve hoje cedo na casa de Breure e no hospital. Além disso, também cumpre 3 mandados em Manaus, no Amazonas.
Além deles, conforme apurado pela reportagem, estão entre os alvos os vereadores Adavilton Brandão (MDB), Izaqueu de Souza Diniz, o Gabriel Autocar (PSD), Cledinaldo Marcelino Cotócio (sem partido) e os ex-vereadores Juninho Felinni, Elieu da Silva Vaz (PSDB), Cleyton Martins Teixeira (PSB) e Cristina Fiuza (MDB), ela, atual vice-prefeita do município.
A reportagem apurou que a operação está relacionada a caso que já tramita na Justiça de Sidrolândia, em que consta como ré a empresa Pharbox Distribuidora Farmacêutica de Medicamentos Ltda, com sede em Manaus, que descumpriu o contrato de cerca de R$ 5,4 milhões, firmado com a Sociedade Beneficente Dona Elmiria Silvério Barbosa.
A entidade havia pago integralmente pela compra de dois equipamentos hospitalares: uma ressonância magnética de 1,5T e 16 canais e uma autoclave horizontal de 250 litros. Os prazos de entrega e instalação, de 100 e 70 dias úteis, ficaram para trás desde a compra realizada em dezembro de 2022, sem nunca serem entregues.
A fornecedora tentou justificar o descumprimento afirmando que os aparelhos eram importados, mas o argumento não convenceu. O juiz observou que atrasos podem ocorrer, mas não quando ultrapassam qualquer limite razoável, especialmente tratando-se de equipamentos essenciais para serviços de saúde.
No dia 24 de janeiro deste ano, a 2ª Vara Cível determinou ainda que a ré realize a entrega e instalação dos equipamentos no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00, limitada a R$ 100.000,00. Como há recursos, a medida ainda não foi cumprida.
Em contato com a assessoria jurídica do hospital, a informação é de que a entidade tomou medidas judiciais contra o prejuízo causado pela empresa.
A reportagem ainda busca contato com os vereadores citados para atualização do texto.
Em nota, a Câmara Municipal de Vereadores de Sidrolândia informou que, assim como toda a população, tomou conhecimento pela imprensa da operação conduzida pelo Gaeco, ressaltando que o grupo não esteve em suas dependências.
Ainda na nota, alega que, como nem o Ministério Público nem o Gaeco divulgaram informações oficiais e o Legislativo não recebeu qualquer notificação, já que não figura no rol de locais alvo de busca e apreensão, a Casa avaliou, com base em dados preliminares e extraoficiais, que a ação não tem relação com o mandato atual. "A Câmara e seus vereadores reafirmaram o compromisso com a transparência e a probidade e se colocaram à disposição das autoridades sempre que necessário".
A prefeitura não irá se pronunciar, pois diz que não há mandados relacioandos ao Executivo.
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#matéria atualizada às 9h11 para acréscimo da nota da Câmara.

