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Interior

PF vai investigar se morte de índio está relacionada à disputa por terra

Marta Ferreira | 28/09/2011 11:20

Jovem morado de acampamento guarani-caiuá morreu esta madrugada. Comunidade diz que foi espancado

A Polícia Federal foi acionada pelo MPF (Ministério Público Federal) para investigar se a morte do índio guarani-caiuá Teodoro Ricardi, ocorrida esta madrugada, em Paranhos, está relacionada a conflito fundiário. O relato da comunidade onde ele vivia, em um acampamento na fazenda São Luis, é de que o indígena foi espancado por homens que o atacaram ontem à noite.

Além da Polícia Civil, que já está no local para investigar a morte, foi enviada uma equipe de policiais federais de Ponta Porã.

O caso também foi comunicado à direção da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Brasília, que está acompanhando as apurações. O coordenador da Fundação em Ponta Porã, Sílvio Raimundo da Silva, informou que uma equipe do órgão também foi enviada ao local, e ainda não tem informações precisas sobre o que ocorreu.

Para ele, ainda é prematuro falar em morte relacionada a conflito pela terra. “É para isso que a Polícia Federal está indo até o local".

Área em disputa-O coordenador disse que pelas informações preliminares, o índio não foi espancado na área da fazenda São Luís, onde 70 famílias estão acampadas, à esperada da demarcação da terra, chamada de Y´poi, como indígena. A fazenda está em estudos, como parte dos levantamentos definidos no acordo prevendo a demarcação de terras remascentes dos índios na região Sul.

A área é a mesma onde dois professores desapareceram no ano passado e um deles foi encontrado morto. O outro continua desaparecido.

A permanência das famílias no local foi autorizada no ano passado pela Justiça. A decisão determinou, também, que os donos permitissem a entrada da Funai para atender a comunidade.

Segundo o coordenador da Funai em Ponta Porã, as visitas têm sido feitas quinzenalmente e os donos são informados. Segundo ele, embora as equipes enfrentem algumas dificuldades de acesso, como por exemplo porteiras fechadas, o calendário de visitas tem sido cumprido.

Na Polícia Civil, a informação dada esta manhã é de uma equipe foi ao local para as investigações da morte e ainda não havia voltado. O índio tem 25 anos, segundo o relato da comunidade.

O corpo dele foi recolhido e seria levado para Ponta Porã, para os exames necroscópicos.

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