Polícia aguarda que Justiça decrete prisão de 2 suspeitos de matar menina
Os dois homens, Arlindo Freitas Ramires, 28, e Rosimar Viega, 18 anos, suspeitos de envolvimento na morte e estupro da indígena Micheli Gonçalves Benites, 12 anos, aguardam na delegacia a manifestação da Justiça que decretará a prisão de ambos. Os quatro menores apreendidos já foram encaminhados, no início da noite de ontem (15), para a UNEI (Unidade Educacional de Internação) Dourados, Laranja Doce.
A polícia continua em busca de outros dois suspeitos pelo crime, também indígenas e moradores da aldeia bororó, onde morava a vítima e onde aconteceu o crime.
De acordo com o jornalista e radialista Sidnei Bronca, que esteve em contato com as lideranças indígenas da aldeia, a crítica tem sido contundente sobre a atuação da Força Nacional. “Eles acusam a Força Nacional de não cumprir com a função que deveriam. Ainda mais quando os policiais precisam monitorar Caarapó, além de Dourados”. Segundo os índios, quando a Força não está presente muitas festas acontecem, com venda droga e consumo de bebida alcoólica.
“Isso tem aumentado o número de estupros”, confirma o jornalista. Ainda segundo ele, viaturas da Força Nacional são vistas por vários dias seguidos estacionadas em frente à Funai (Fundação Nacional de Índios), quando deveriam estar fiscalizando as aldeias.
Crime - Michele foi estuprada e depois morta na noite do dia 5 de julho, em uma plantação de milho, próximo a aldeia Bororó. O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira passada (10) em avançado estado de decomposição.
Segundo os envolvidos, eles encontraram a vítima em uma estrada vicinal e após a negativa dela em manter relação sexual com um dos suspeitos, o grupo resolveu estupra-la e depois a matar, para que não fossem identificados.