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Interior

Polícia liga dupla execução a “patrão” do crime organizado na fronteira

Sobrinho de chefe do tráfico, Marco Esquivel Gonzales foi morto com a namorada, em Pedro Juan

Helio de Freitas, de Dourados | 17/08/2021 09:10
Local onde casal foi executado por pistoleiros, domingo à noite. (Foto: ABC Color)
Local onde casal foi executado por pistoleiros, domingo à noite. (Foto: ABC Color)

A polícia paraguaia suspeita de envolvimento do crime organizado na dupla execução ocorrida domingo à noite, na fronteira com Mato Grosso do Sul. Marco Esquível Gonzales, 32, e Lorena Concepción Areco Gauto, 30, foram mortos a tiros de pistola 9 milímetros, no centro de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS).

Conhecido na fronteira como Marquito, o homem era sobrinho de Cornelio Esquivel Maldonado, 39, o “Mitu”, apontado como um dos principais patrões do crime organizado na fronteira.

Funcionário de uma agência bancária e morador em Cruce Bella Vista, povoado localizado no Departamento (equivalente a Estado) de Amambay, Marco seguia pelo centro de Pedro Juan com Lorena e outras duas pessoas em sua SUV Kia Sportage ano 2020.

Perto da Laguna Punta Porã, o veículo parou e as outras duas pessoas que estavam no banco de trás desceram para comprar bebida. Homens armados desceram de caminhonete preta e mataram o casal dentro do veículo.

Fontes policiais ouvidas pelo jornal ABC Color, citam que Marco Esquivel era o principal administrador dos bens do tio mafioso. “Mitu” é apontado pela polícia e pelo Ministério Público paraguaio como mandante do assassinato do ex-deputado Magdaleno Silva, ocorrido em 2015, em Yby Yaú.

No ataque, o filho do ex-político e dois amigos da família também foram mortos. Entretanto, a mulher de Magdaleno e os outros filhos dele prestaram depoimento a favor do suspeito e “Mitu” escapou do processo.

Recentemente, Cornelio Esquivel Maldonado foi incluído em uma lista de chefes do crime organizado da fronteira. Ele foi apontado pela promotora de Justiça Lorena Ledesma, como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro do tráfico através de lojas de carros importados em Pedro Juan Caballero.

A imprensa paraguaia questiona se a morte de Marquito foi “ajuste de contas” entre criminosos ou “queima de arquivo”. Nos últimos meses, ele andava com forte esquema de segurança, mas no domingo à noite, passeava só com a namorada e dois amigos.

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