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Interior

Policiais paraguaios são presos por extorquir líder do PCC na fronteira

Quatro homens da Polícia Nacional foram levados nesta manhã para a Agrupación Especializada; Matrix foi preso sexta-feira

Helio de Freitas, de Dourados | 11/03/2019 10:09
Matrix foi encontrado desidratado após três dias escondido na mata (Foto: ABC Color)
Matrix foi encontrado desidratado após três dias escondido na mata (Foto: ABC Color)

Quatro policiais paraguaios foram presos hoje (11) na fronteira com o Mato Grosso do Sul acusados de extorquir familiares do bandido brasileiro Thiago Ximenes, o “Matrix”, apontado como um dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Linha Internacional.

Matrix foi preso sexta-feira por equipes da Fope, um grupo de elite da Polícia Nacional, após passar três dias escondido no mato. A identidade dos policiais presos ainda é mantida em sigilo.

O bandido estava desidratado e mesmo armado com uma pistola 9 milímetros não esboçou reação. O parceiro dele, Reinaldo de Araújo, foi morto em confronto com policiais, na terça-feira de Carnaval.

Nesta segunda-feira, a imprensa paraguaia divulgou áudios revelando a tentativa de extorsão praticada pelos policiais, lotados na Comissaria da Colônia “Ko’ê Porã, no distrito de Villa Ygatimí – a 90 km de Paranhos (MS).

Os outros policiais que trabalham na mesma comissária foram afastados e os quatro envolvidos levados para a Agrupación Especializada, de onde os dois brasileiros tinham fugido em dezembro do ano passado.

O ministro do interior, Juan Ernesto Villamayor, disse hoje que o comando da Comissaria foi “decapitado” para que o caso seja investigado. Ele considerou muito grave o áudio mostrando a conversa entre um dos policiais e o parente de Matrix.

Essa pessoa teria sido a responsável em levar o bandido do departamento (estado) de Alto Paraná para Canindeyú, onde o líder do PCC foi preso. “O contato desse policial era diretamente com Matrix”, afirmou o ministro.

O áudio mostra um suboficial identificado como Palácios conversando com outro suboficial, chamado de Mareco, sobre um pedido de dinheiro ao primo de Thiago Ximenes.

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