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Interior

Policial acha bolsa com R$ 74 mil, devolve e não aceita recompensa

Suboficial Xisto Coronel é irmão do jornalista Humberto Coronel, executado em setembro

Helio de Freitas, de Dourados | 23/03/2023 14:30
O suboficial Xisto Coronel, que achou bolsa com dinheiro e devolveu (Foto: Marciano Cândia)
O suboficial Xisto Coronel, que achou bolsa com dinheiro e devolveu (Foto: Marciano Cândia)

O suboficial da Polícia Nacional do Paraguai Xisto Coronel encontrou e devolveu ao dono uma bolsa com 100 milhões de guaranis - pelo menos R$ 74 mil, pelo câmbio de hoje. O fato ocorreu na manhã desta quinta-feira (23), em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande).

Xisto é irmão do jornalista e radialista paraguaio Humberto Coronel, 33, executado por pistoleiro no dia 7 de setembro do ano passado quando saía da rádio onde trabalhava, em Pedro Juan.

À imprensa da fronteira, Xisto Coronel contou que patrulhava as ruas da cidade quando viu a bolsa embaixo de uma caminhonete. Quando percebeu que havia dinheiro, ele procurou o dono para devolver.

“Apareceu um rapaz, perguntei o que estava procurando e quando respondeu o que era, entreguei a sacola. Aparentemente era dinheiro para depositar ou trocar [por dólares]”, afirmou o policial. Ele não aceitou qualquer recompensa pelo ato. “Estou orgulhoso do meu trabalho, seguimos em frente”.

A Polícia Nacional do Paraguai é conhecida pelo alto grau de corrupção entre seus componentes. Muitos integrantes da corporação estão na folha de pagamento do crime organizado, vários deles circulam livremente com veículos roubados no Brasil e outros tantos praticam extorsão, cobrando propina para liberar carros irregulares e até soltar bandidos.

A prática mais conhecida pelos brasileiros que circulam em território paraguaio é a cobrança de “coima” – como é chamada propina no país vizinho – através de blitz nas estradas. Para pedir dinheiro, alguns policiais inventam regras de trânsito. A mais popular delas é a exigência de dois triângulos. No Brasil, o Código Brasileiro de Trânsito exige apenas uma unidade do equipamento.

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