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Interior

Preso com R$ 1 milhão em contrabando pode ter exibido carteira funcional falsa

Secretaria afirma que apura como nome de Marcelo Raimundo da Silva consta como guarda nos registros da polícia

Dayene Paz | 02/03/2022 09:45
Doze veículos foram apreendidos pela polícia no último 23 de fevereiro. (Foto: Reprodução / PCMS) 
Doze veículos foram apreendidos pela polícia no último 23 de fevereiro. (Foto: Reprodução / PCMS)

A Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) apura o motivo do nome de Marcelo Raimundo da Silva, de 35 anos, constar como guarda civil metropolitano nos registros da Polícia Civil. Marcelo foi preso junto com um comboio que carregava R$ 1 milhão em contrabando, na MS-164, em Maracaju. Informações são de que ele teria apresentado uma funcional falsa da guarda durante abordagem policial.

O secretário da Sesdes, Valério Azambuja, explicou que teve conhecimento do fato e verificou se o nome de Marcelo constava na lista de servidores. "Dos 1.039 guardas, não temos Marcelo Raimundo da Silva, ele não pertence à Guarda", disse.

Agora, uma sindicância será aberta para apurar o caso. "Em razão disso, iremos abrir sindicância para averiguar o motivo de constar no boletim de ocorrência o nome desse cidadão como guarda. Vamos apurar como se identificou, quem é essa pessoa que está se passando por guarda civil metropolitano. Isso é falsidade ideológica", destacou.

Prisão - No último dia 23 de fevereiro, Marcelo foi flagrado com outros 11 motoristas de veículos, aguardando em um depósito para ludibriar a abordagem na rodovia e seguir com os produtos do Paraguai, avaliados em aproximadamente R$ 1 milhão. Oito deles conseguiram fugir e quatro foram presos.

Os contrabandistas montaram uma estratégia para conseguir ludibriar a fiscalização. Quando chegavam no Distrito de Vista Alegre, escondiam os veículos em um terreno murado na Rua Coronel Francisco Alves, que fica distante cerca de 100 metros do posto da polícia, se tornando um ponto estratégico.

De lá, ficavam cuidando e aguardavam os policiais saírem do posto para poder passar. Os suspeitos mantinham conversas em grupos de WhatsApp para trocar informações. Eles também contavam com a ajuda do proprietário do terreno, onde os veículos ficavam.

A equipe Operacional da Base de Vista Alegre atuou em conjunto com o Garras (Delegacia Especializada de Repressão à Roubo à Bancos Assaltos e Sequestros) e conseguiu chegar aos suspeitos.

No terreno onde estavam os veículos, encontraram o proprietário, que não autorizou a vistoria. No entanto, por uma brecha no portão, as equipes conseguiram ver os contrabandistas no pátio. Foi dada voz de prisão e alguns conseguiram fugir pulando muros. Quatro foram presos, sendo eles: Marcelo, Claudinei Vilela Cabreira, de 32 anos, Edmar Raimundo da Silva, de 31, e Ariel de Souza Freitas, de 26 anos.

O proprietário do terreno confessou que recebia R$ 20, por veículo, para passar informação sobre as equipes policiais. De acordo com a polícia, foram apreendidos 12 veículos carregados com aproximadamente R$ 1 milhão em contrabando, entre cigarros, agrotóxicos, pneus, eletrônicos e fardos de roupas.

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