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Interior

Preso por tráfico, “Tubarão do PCC” espanca rival em cela de delegacia

Líder da facção foi flagrado com arma e drogas e tentou resetar celular para apagar provas

Helio de Freitas, de Dourados | 01/04/2021 09:23
Cleverson Portelli (centro), o “Tubarão do PCC”, ao lado de outro preso e policial (Foto: Divulgação)
Cleverson Portelli (centro), o “Tubarão do PCC”, ao lado de outro preso e policial (Foto: Divulgação)

O paulista Cleverson Portelli, um dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, espancou um rival da facção criminosa dentro da cela da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande). O caso ocorreu ontem (31).

Conhecido como “Tubarão do PCC”, o bandido tinha sido preso minutos antes no Jardim Residencial I, em Ponta Porã. Na casa, policiais Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil) encontraram uma pistola, maconha e papelotes de cocaína.

Na casa onde ele foi preso com um comparsa, foram encontradas várias camisetas de uniforme de uma faculdade de medicina de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Cleverson também estava vestido com uma dessas roupas. A suspeita é de que os bandidos da facção usavam os uniformes para andar pelas ruas sem serem abordados pela polícia.

Levado para a delegacia, “Tubarão do PCC” foi colocado na cela enquanto o boletim de ocorrência era elaborado. Assim que entrou no compartimento, o bandido começou a espancar outro preso que já estava no local afirmando que ele “não fechava com a facção”.

Com vários ferimentos, o preso precisou de atendimento médico e depois foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) para passar por exame de corpo de delito.

Celulares, arma, dinheiro e droga encontrados na casa (Foto: Divulgação)
Celulares, arma, dinheiro e droga encontrados na casa (Foto: Divulgação)

A prisão – “Tubarão do PCC” foi preso após policiais da Defron receberem denúncia de tiros disparados no Residencial I. Ao verificarem o caso, os policiais descobriram que a casa apontada na denúncia já era investigada por abrigar membros da facção criminosa.

No local os policiais encontraram o líder regional do PCC e outro homem, identificado como Gabriel, o “Zulu”. Mesmo em prisão domiciliar, Cleverson Portelli costumava disparar tiros, para intimidar os vizinhos e rivais da facção.

Durante vistoria no imóvel, os policiais localizaram um tablete de maconha e pelo menos 30 porções de cocaína sobre a geladeira, além de pistola municiada ao lado da cama de “Tubarão”. Duas balanças de precisão e plástico usado para embalar droga também foram apreendidos.

As equipes da Defron e do SIG também apreenderam na casa um caderno com anotações sobre a hierarquia e diretrizes da facção, além de detalhes sobre distribuição em larga escala de drogas, inclusive para outros Estados.

Celular – Durante o interrogatório, os policiais entregaram ao líder do PCC o aparelho celular para que ele fizesse contato com sua advogada. Entretanto, ao acessar o aparelho, Cleverson tentou resetar os dados para apagar provas, mas foi contido pelos agentes.

“Tubarão do PCC” foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse de arma de fogo e por lesão corporal contra o preso agredido na cela. “Gabriel Zulu” foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo.

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