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Interior

Processado por falsidade e homicídio, ex-prefeito vai continuar no Paraguai

Juiz paraguaio concedeu extradição solicitada pela defesa, mas Eurico Mariano só poderá ser entregue à Justiça brasileira após responder por seus crimes naquele país

Helio de Freitas, de Dourados | 14/09/2017 16:30
Eurico Mariano foi preso pela Interpol no dia 30 de agosto, no Paraguai (Foto: Arquivo)
Eurico Mariano foi preso pela Interpol no dia 30 de agosto, no Paraguai (Foto: Arquivo)

O ex-prefeito de Coronel Sapucaia Eurico Mariano, 65, vai continuar, pelo menos pelos próximos meses, sob custódia da Justiça do Paraguai. Preso no dia 30 de agosto deste ano pela Interpol em Capitán Bado, a pedido da Justiça brasileira, o político sul-mato-grossense requereu a própria extradição, mas como é acusado de crimes naquele país, só poderá será entregue às autoridades brasileiras após resolver suas pendências com a Justiça paraguaia.

Nesta quinta-feira (14), o juiz Alcides Corbeta determinou a extradição de Eurico Mariano, que está condenado a 17 anos de prisão em Mato Gross do Sul por ter mandado matar o radialista Samuel Román, em abril de 2004. Entretanto, o magistrado paraguaio afirmou que a medida não poderá ser cumprida agora.

“Depois de ouvir o promotor, decidimos extraditar este cidadão, mas ele tem dois processos em nosso país, um por produção de documentos públicos falsos e outro relacionado a um homicídio, que ainda permanece em aberto”, afirmou o Corbeta. Não foram divulgados detalhes sobre esses casos.

Segundo o juiz paraguaio, Mariano só poderá ser extraditado após a conclusão desses processos. Se ele for condenado, o ex-prefeito dificilmente será entregue ao Brasil antes de cumprir a pena no Paraguai.

Foi o juiz Corbeta que decretou a prisão do brasileiro, localizado por agentes da Interpol perto da fronteira com MS e levado para Assunção. O ex-prefeito estava há 13 anos foragido no Paraguai, protegido por amigos que mantinha na polícia e até na Justiça, segundo autoridades do país vizinho.

No dia 4 deste mês, Eurico Mariano avisou, através de sua advogada, Laura Casuso, que deseja se entregar o quanto antes à Justiça brasileira para cumprir a pena pela morte do radialista. Ele foi condenado em 2007. Mariano nega o crime.

Invisível aos olhos da polícia paraguaia, o ex-prefeito tinha até documento de identidade do país vizinho, além de um habeas corpus concedido por um juiz do departamento de Amambay. “Todos viram o político brasileiro circulando na fronteira, menos as autoridades encarregadas de prendê-lo”, afirmou o jornal ABC Color.

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