Procuradora não vê negligência em caso de idosa com carretéis na genitália
Para a advogada municipal, Juliana Mackerc, apenas o laudo pericial vai confirmar há quanto tempo os objetos estariam dentro dela
A procuradoria jurídica de Rio Verde, cidade a 207 Km de Campo Grande, acredita que não tenha havido negligência ou maus-tratos da entidade onde idosa identificada com carretéis de linha na genitália estava abrigada desde 2019.
Para a advogada municipal, Juliana Mackerc, apenas o laudo pericial vai confirmar há quanto tempo os objetos estariam dentro dela e se houve ou não crime. “Sem um laudo conclusivo a gente também está no escuro”, citou, ao comentar que a Polícia Civil também espera resultado da perícia para seguir com a investigação.
A advogada disse, assim como o delegado da cidade ontem, Gabriel Cardoso, que a ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) Aurora Borges é um lugar limpo e organizado. “Ao que tudo indica não teve negligência”, apontou. O laudo deve sair em 10 dias. A Secretaria de Assistência Social também investiga o caso.
Caso - A descoberta dos objetos no corpo da idosa foi feita por ginecologista do Hospital Municipal depois de sucessivas idas da paciente, vítima de inflamações e infecções, à unidade.
A investigação agora quer saber há quanto tempo os objetos estavam lá e depende, portanto, de laudos periciais, além de todo o histórico médico da idosa e depoimentos dos profissionais que cuidam ou já cuidaram dela.
Segundo o delegado, a idosa deu entrada em 2019 numa casa de repouso na cidade e desde então, apresenta problemas ginecológicos. A polícia quer determinar se os objetos já estavam onde foram achados desde antes da entrada da mulher no asilo, se ela foi vítima de maus-tratos, algum tipo de abuso sexual ou negligência, dos profissionais do abrigo ou médica.