ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Professores da UFGD decidem sexta se vão aderir à greve contra o governo

São pelo menos 600 docentes e dez mil estudantes na UFGD, maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul

Helio de Freitas, de Dourados | 23/11/2016 07:48
Professores da UFGD vão decidir sexta se aderem ou não à greve (Foto: Divulgação)
Professores da UFGD vão decidir sexta se aderem ou não à greve (Foto: Divulgação)

Os 600 docentes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) decidem sexta-feira (25) se vão aderir ou não à greve nacional de professores universitários, que começa amanhã em pelo menos 27 instituições de ensino superior do país.

A paralisação, convocada pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), é contra medidas do governo Michel Temer, principalmente a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55, que limita os gastos públicos, e a reforma do ensino médio.

De acordo com Fábio Perboni, presidente da Associação dos Docentes da UFGD, na sexta-feira não haverá aula na maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul, onde estudam pelo menos dez mil universitários.

De acordo com a Andes, a paralisação nacional começa amanhã com a instalação, em Brasília (DF), do Comando Nacional de Greve (CNG). Caso a decisão dos docentes da UFGD seja pela adesão, a greve começa segunda-feira, dia 28.

O sindicato nacional informou que essa é a primeira greve unificada dos setores representados pelo Andes desde a paralisação contra a reforma da Previdência, em 2003.

Eblin Farage, presidente do Andes, avaliou como muito positivo o fato de o sindicato nacional iniciar a greve já com 25 seções sindicais com as atividades paralisadas. “A nossa expectativa é que já nesta semana esse número passe de 30 seções sindicais, porque temos 15 com o indicativo da greve já aprovado”.

Segundo ele, além de pressionar o governo, o movimento quer dialogar com a sociedade para esclarecer os motivos da paralisação e os efeitos para toda a população das medidas tomadas pelo governo.

“Essa precisa ser uma greve de ocupação das universidades e institutos, de intenso diálogo com a comunidade acadêmica e também com a população, porque é necessário que, tanto os segmentos da comunidade acadêmica quanto a população como um todo, entendam que a pauta da nossa greve não é uma pauta corporativa, mas é uma pauta da sociedade, que é a defesa da educação pública”, afirmou ele à assessoria do Andes.

Nos siga no Google Notícias