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Reitora temporária convoca Guarda Municipal e causa tensão na UFGD

Servidores e estudantes protestam contra presença de guardas no local onde acontece reunião do Conselho Universitário

Helio de Freitas, de Dourados | 26/09/2019 08:57
Servidores da UFGD conversam com guardas municipais no pátio da reitoria, nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)
Servidores da UFGD conversam com guardas municipais no pátio da reitoria, nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)

A presença de guardas municipais nesta manhã no prédio da reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) causou tensão com estudantes e servidores da instituição. Presentes no local para a reunião do Conselho Universitário, acadêmicos e funcionários acusam a reitora temporária Mirlene Damázio de chamar os guardas para intimidar a comunidade acadêmica e impedir protestos.

Desde que foi nomeada como reitora temporária, Mirlene é alvo de protestos de estudantes e servidores, que consideraram a nomeação “intervenção” na autonomia da UFGD, já que o Ministério da Educação ignorou a lista tríplice, encabeçada pelo professor Etienne Biasotto.

A reportagem apurou que há dois meses Mirlene, que é presidente do Conselho Universitário, vem adiando a reunião com a comunidade acadêmica. Ao chegarem na manhã desta quinta-feira (26) para a reunião no prédio da reitoria, na Rua João Rosa Góes, na Vila Progresso, os estudantes foram surpreendidos com a presença dos guardas e reclamaram.

“Teve bate boca com servidores, que reclamaram da presença dos guardas, chamados para garantir a segurança, mas para nós foi mesmo para impedir protesto contra a reitora temporária. Teve embate com servidores e professores, porque a presença deles aqui não é bem aceita e foi questionada se é legal”, contou ao Campo Grande News um integrante do Conselho Universitário presente no local.

Segundo ele, após a pressão os guardas municipais se retiraram e foram para a calçada, do lado de fora do prédio.

Os estudantes também reclamam que Mirlene mudou o local da reunião para uma sala menor, para cercear a participação da comunidade acadêmica. “Tentaram impedir a entrada de cartazes e uma bateria que trouxemos para fazer protesto”, afirmou um estudante.

Ao Campo Grande News, o comandante da Guarda Municipal Divaldo Machado de Menezes disse que mandou equipe ao local a pedido da reitoria, que protocolou ofício ontem no comando da corporação.

“É só por questão de prevenção porque pode ocorrer manifestação e alguém querer adentrar à reunião do conselho. Quem está na segurança são os seguranças privados. A Guarda e a PM foram solicitadas para apenas se houver alguma violência. Inclusive falamos que se precisar tirar alguém serão os seguranças da universidade”, afirmou Machado. Pessoas presentes ao local afirmam não terem visto policiais militares no prédio da reitoria.

O inspetor Machado disse que também solicitou a presença da Polícia Federal. “Estamos aguardando chegar lá. Se a PF achar que não precisa de apoio, falei para se retirar. Se a PF precisar, a guarnição vai ficar em apoio”.

A reunião do Conselho Universitário foi aberta e está sendo presidida pelo conselheiro mais velho. Como primeiro ato, foi transferida da sala para o auditório.

Estudantes, professores e servidores levaram balões na cor laranja, simbolizando as candidaturas “laranjas” do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, investigadas em várias cidades brasileiras.

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