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Interior

Soldado enfrenta comandante, é preso por desacato e caso gera polêmica

Priscilla Peres | 24/11/2014 15:09
Desentendimento que terminou em prisão aconteceu na sexta-feira. (Foto: TL Notícias)
Desentendimento que terminou em prisão aconteceu na sexta-feira. (Foto: TL Notícias)

Reunião realizada entre o comandante do Batalhão e os policiais militares de Bataguassu - distante 335 km de Campo Grande, na sexta-feira (21) terminou com um soldado preso. A notícia repercutiu no município e a PM tem feito reuniões para mudar a visão da polícia entre a população e acabar com o mal-estar que se formou.

De acordo com o subtenente Aurélio, a reunião foi realizada com todo o efetivo da unidade para discutir sobre o andamento do trabalho e as melhorias. "O comandante deu voz a todos para que falassem o que acreditam que poderia ser feito para melhorar o trabalho do coletivo", conta.

Foi nesse momento que o soldado Sandro Sarjon Alves Dias foi preso pelo comandante da 2° Cia, José Roberto de Souza, acusado de desacato a autoridade. A prisão administrativa tem duração de três dias e é usada pelos policiais como uma forma de punição aos militares que descumprem alguma lei.

De acordo com o ofício n° 702 de 21 de novembro de 2014, feito pelo comandante J.Roberto ao sub comandante do 8° BPM, ele alega que durante a reunião de sexta-feira o soldado riu e respondeu a autoridade. "Chamei a atenção do Soldado PM Sandro que ria durante a fala do oficial, ao ser advertido, ele respondeu que não estava e foi advertido novamente. Em voz alta e tom desafiador, o soldado retrucou dizendo 'e o que que tem?'", diz o ofício feito pelo comandante.

Ainda segundo o ofício, o soldado foi novamente advertido, "com mais energia por este oficial que disse 'Como assim o que que tem soldado?'", ele respondeu novamente dizendo "Sim, e o que é que tem?". O comandante determinou que ele fosse desarmado e lhe deu ordem de prisão por desacato de superior.

Ao entrar em contato com o comandante do 8° BPM, tenente coronel Emerson, para informar o ocorrido, o mesmo disse que o caso se tratava de flagrante de transgressão disciplinar, e determinou que ele fosse recolhido na sede em Nova Andradina por 72 horas, segundo consta no ofício.

Nesta segunda o soldado foi liberado e voltou a suas atividades normais. O sub-tenente Aurélio destaca que agora serão tomadas as medidas administrativas sobre o ocorrido,mas que o soldado continua atuando normalmente. "Todas unidade do Estado tem dificuldades, eu sinto que a gente tem uma deficiência de efetivo o que acarreta um desgaste humano e material, que geram alguns desentendimentos", diz ele ao ressaltar que a reunião de sexta foi justamente para resolver esse tipo de situação.

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