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Testagem em frigorífico duplica casos confirmados de Covid em Bataguassu

Exames confirmaram que 204 funcionários foram infectados pelo coronavírus. Desse total, 185 já estavam curados

Geisy Garnes | 07/07/2020 17:47
Unidade da Marfrig em Bataguassu tem 1,3 mil funcionários (Arquivo)
Unidade da Marfrig em Bataguassu tem 1,3 mil funcionários (Arquivo)

Testagem em massa no frigorífico Marfrig Global Foods S.A constatou que 204 funcionários foram infectados pelo coronavírus em Bataguassu – cidade a 335 quilômetros de Campo Grande. A situação fez o número de casos na cidade quase duplicar em um período de 24 horas e resultou em novas medidas de restrição para evitar o contágio pelo vírus.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, no dia 2 de julho o boletim divulgado pela Secretária Municipal de Saúde de Bataguassu contabilizava 167 casos confirmados de Coivd-19, doença causada pelo coronavírus. No dia seguinte, os casos positivos saltaram para 258. Hoje, dia 7 de julho, o número de infectados é de 267.

Para a reportagem, o prefeito Pedro Arlei Caravina explicou que o aumento aconteceu após a realização da testagem em massa, resultado de um acordo entre o frigorífico e o Ministério do Trabalho.

Segundo o prefeito, dos 1,3 mil funcionários do local, 204 testaram positivo. No entanto, 185 deles apresentaram IgG, ou seja, já se recuperaram da doença e não são transmissores do vírus. Outros 19 ainda estão com o coronavírus ativo no organismo e por isso foram isolados. Familiares e colegas de trabalho que tiveram contato direto com os pacientes também foram afastados e são acompanhados pela secretária municipal.

“Não foi uma surpresa para nós. A nível Brasil, existem muitos casos assintomáticos em todos os municípios, tanto que a universidade de Pelotas (RS) está fazendo esse trabalho a campo e levantando que muita gente já foi infectada e não teve sintomas. E aqui aconteceu isso”, afirmou o prefeito. Ao todo, a cidade registra 64 pessoas contaminadas e com o vírus ativo.

Por conta do aumento de casos, a Prefeitura voltou a endurecer as medidas de restrição na cidade, por meio decreto, com intuito de reduzir a contaminação.

“Restringimos o atendimento no local em bares, restaurantes, lanchonetes e pizzarias, só estão vendendo pague e leve ou delivery. Nos também fechamos academias, funcionais e similares, assim como cursos. Suspendemos as missas católicas e também os cultos evangélicos. Mantivemos o toque de recolher às 22 horas no horário de Brasília e aumentamos a fiscalização e restrição de entrada em mercados e no comércio em geral, limitando a quantidade de pessoal ao mesmo tempo”.

As novas medidas de restrição começaram a vigorar na sexta-feira (3). “Vamos manter isso por 14 dias, vê como as coisas acontecem dentro desses casos ativos, que é o que mais preocupa e depois avaliar se renovamos essas medidas ou voltamos a situação anterior que era com um pouco mais de flexibilidade”, garante Pedro Arlei.

No frigorífico – Diferente dos mais frigoríficos que também tiveram surto de casos em Mato Grosso do Sul, o estabelecimento de Bataguassu não paralisou as atividades. Isso ocorreu, segundo o prefeito, porque a maior parte dos funcionários já estavam curados. Ainda assim, houve redução do quadro de funcionários por conta da doença.

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