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Interior

Tráfego de caminhões cresce 150% com baixo nível do Rio Paraguai

Congestionamento de veículos prejudica tráfego entre Bolívia e Corumbá

Ana Oshiro | 21/10/2021 10:45
Nível de canal que liga Brasil e Bolívia é muito baixo e embarcações não conseguem passar. (Foto: Diário Corumbaense)
Nível de canal que liga Brasil e Bolívia é muito baixo e embarcações não conseguem passar. (Foto: Diário Corumbaense)

Nesta quinta-feira (21), o Rio Paraguai está com altura negativa de 55 centímetros, ou seja, o nível está cerca de 2 metros e 50 centímetros abaixo do normal para a época, de acordo com dados do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, órgão subordinado ao Comando do Sexto Distrito Naval.

O baixo nível do rio está afetando a fronteira seca entre Bolívia e Corumbá, a 419 km de Campo Grande, que registrou aumento de 150% no número de caminhões que entram carregados no Brasil. Com o nível do rio muito baixo, as embarcações não têm como navegar pelo Canal do Tamengo, um dos braços do rio, que liga os dois países, por isso, as cargas estão sendo transportadas pelas rodovias.

Do lado brasileiro, Receita Federal registrou aumento de 150% no tráfego. (Foto: Diário Corumbaense)
Do lado brasileiro, Receita Federal registrou aumento de 150% no tráfego. (Foto: Diário Corumbaense)

"Cerca de 40 caminhões passavam por dia pela Receita Federal e entravam carregados no Brasil. Hoje, são mais de 100. A estimativa é que entre veículos carregados e descarregados. Nos dois sentidos, a média é de 800 caminhões cruzando a linha internacional por dia", disse Erivelto Moyses Torrico Alencar, auditor chefe da Alfândega da Receita Federal de Corumbá.

De acordo com o site Diário Corumbaense, na quarta-feira (20), foi registrado congestionamento de 2 km de caminhoneiros que aguardavam a vez para cruzar a fronteira e entrar em Corumbá, passando pelo posto de Fiscalização Esdras, onde está a Receita Federal.

“A dinâmica na fronteira do comércio exterior é muito sazonal. Hoje, está tendo muita importação de fertilizantes agrícolas, minérios e também temos a saída de caminhões-tanques levando combustíveis para a Bolívia, esses caminhões-tanques, quando retornam, precisam ser escaneados, justamente pela característica do próprio veículo. Isso acaba provocando congestionamento", explicou Erivelto

Uma das medidas para resolver o problema é a ampliação do horário de funcionamento do posto da Receita Federal. Atualmente, o horário é das 7h às 17h, a expectativa é que a partir de segunda-feira (25), o atendimento comece uma hora antes, a partir das 6h.

Maior tráfego de caminhões causou congestionamento de 2km na quarta-feira. (Foto: Diário Corumbaense)
Maior tráfego de caminhões causou congestionamento de 2km na quarta-feira. (Foto: Diário Corumbaense)


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