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Interior

Tratorista acusado de matar estudante é condenado a 17 anos de prisão

Priscilla Peres | 04/11/2014 14:31
Julgamento ocorreu na quarta-feira da semana passada. (Fotos: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Julgamento ocorreu na quarta-feira da semana passada. (Fotos: Vilson Nascimento/A Gazeta News)

O tratorista Ademilson Neto Maria, conhecido como “Faustão”, de 34 anos, foi condenado a 17 anos de prisão por matar Renato Nunes Pimentel, 30, em agosto do ano passado. Ele já está há um ano e três meses preso e o julgamento aconteceu no dia 29 de outubro, no Tribunal do Júri em Amambai - distante 360 km de Campo Grande.

Segundo informações do site A Gazeta News, Ademilson foi denunciado pelo MPE/MS (Ministério Público Estadual) pelo assassinato do aluno do curso de história da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Renato Pimentel. O crime aconteceu durante uma caçada no rio Moroty.

Os dois e outras duas pessoas estavam caçando de barco, na região da Fazenda Alexandria, situada a cerca de 45 quilômetros de Amambai, com quatro armas de fogo. Em determinado momento, Ademilson teria atirado contra Renato à queima roupa.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público, durante a sessão do Tribunal do Júri pelo promotor de Justiça, Dr. Eteócles Brito Mendonça Dias Júnior. Durante o julgamento, dois ocupantes do bote e testemunhas no caso, foram categóricas em afirmar que foi Faustão o autor do disparo que matou o universitário.

Após os disparos, Faustão procurou um funcionário da fazenda, supostamente para procurar ajuda. Segundo depoimento do funcionário durante o julgamento, Faustão teria chegado à sua casa sujo e molhado, dizendo que teria ocorrido uma explosão no bote, supostamente de uma das baterias que era usada para conectar o “cibié” utilizado para clarear as margens do rio durante a caçada, por conta disso o barco teria virado e ele (Faustão), conseguido retirar Wilsinho da água, porém Gordinho e Renato teriam caído no rio e desaparecido.

Versões apresentadas nos depoimentos afirmam que o próprio Ademilson Maria comandou, durante a madrugada e na manhã do dia 25, as buscas pelos rapazes desaparecidos. A versão de que teria ocorrido os disparos só veio a surgir depois que Gordinho foi localizado pelo seu tio no dia seguinte.

O corpo do estudante Renato Pimentel, que também já havia cumprido pena por tráfico de drogas, foi encontrado uma semana depois boiando no rio Moroty, a cerca de 300 metros do local que havia caindo na água na noite do dia 24 de agosto de 2013.

Preso logo após o episódio, Ademilson Maria, o Faustão, nunca assumiu a autoria do crime, mas também nunca acusou nenhum dos outros indivíduos que estavam no barco com ele. Ao final prevaleceu a tese defendida pelo Ministério Público e Ademilson Maria acabou condenado por homicídio qualificado contra Renato Pimentel, porte ilegal de arma de uso restrito por conta da pistola calibre 9 milímetros e pela tentativa de homicídio contra Anderson Santos.

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