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Uruguaio extraditado aos EUA se declara culpado por lavagem de dinheiro

Ligado ao narcotraficante Sebastián Marset, Federico Vassallo foi preso em 2023 no Paraguai

Por Helio de Freitas, de Dourados | 22/05/2025 10:47
Uruguaio extraditado aos EUA se declara culpado por lavagem de dinheiro
Federico Ezequiel Santoro Vassallo, no dia em que foi extraditado, em julho de 2024 (Foto: Arquivo)

O uruguaio Federico Ezequiel Santoro Vassallo, 44, extraditado do Paraguai para os Estados Unidos em julho de 2024, se declarou culpado por lavagem de dinheiro do tráfico internacional de cocaína.

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Uruguaio extraditado confessa lavagem de dinheiro do tráfico de cocaínaFederico Ezequiel Santoro Vassallo, extraditado do Paraguai para os EUA em julho, admitiu culpa por lavagem de milhões de dólares provenientes do tráfico internacional de cocaína. Braço direito do narcotraficante Sebastián Marset, Santoro Vassallo utilizava empresas para inserir o dinheiro ilícito no sistema bancário global. Em apenas cinco meses, movimentou 8 milhões de dólares.Santoro Vassallo, conhecido como "Capitão", foi preso em 2023 durante a Operação “A Ultranza PY”. A operação visava a organização criminosa liderada por Marset e Miguel Ángel Insfrán Galeano, o "Tio Rico", que enviava cocaína do Paraguai para o Brasil e Europa. A esposa de Marset, Gianina García Troche, foi extraditada da Espanha para o Paraguai, acusada de lavagem de dinheiro. A operação também está ligada ao assassinato do promotor Marcelo Pecci, em 2022.

Preso em 2023 na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul no âmbito da Operação “A Ultranza PY”, Santoro Vassallo era braço direito do narcotraficante Sebastián Marset, também de nacionalidade uruguaia.

Foragido há dois anos, Marset é procurado pela Interpol (a polícia internacional) em 196 países. Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram recompensa de 2 milhões de dólares para quem revelar seu paradeiro.

Marset atuava em território paraguaio em parceria com Miguel Ángel Insfrán Galeano, o “Tio Rico”, preso em fevereiro de 2023 no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. A organização liderada por eles enviou toneladas de cocaína do Paraguai para o Brasil e Europa. Também mantinha empresas e igrejas na fronteira com MS, usadas na lavagem de dinheiro.

Em comunicado oficial, o Departamento de Justiça norte-americano informou que Federico Santoro Vassallo assumiu responsabilidade pela lavagem de milhões de dólares oriundos do tráfico através de bancos dos Estados Unidos.

Conhecido como “Capitão”, o uruguaio confessou que usava ao menos sete empresas para introduzir no sistema bancário global o dinheiro obtido com a venda de grandes cargas de cocaína enviadas de navio para países europeus. Em apenas cinco meses, “Capitão” conseguiu branquear ao menos 8 milhões de dólares (o equivalente a quase 50 milhões de reais) por meio do sistema bancário dos Estados Unidos.

Uruguaio extraditado aos EUA se declara culpado por lavagem de dinheiro
Sebastián Marset e Gianina García Troche, em pose antes de serem acusados de tráfico (Foto: Reprodução)

Esposa de Marset – Presa em julho do ano passado na Espanha, a mulher de Sebastián Marset, Gianina García Troche, foi extraditada nesta quarta-feira (21) para o Paraguai. Através de operação sigilosa e com forte aparato de segurança, ela foi levada para o presídio militar de Viñas Cué, na capital Asunción.

Gianina chegou por volta de 6h da manhã de ontem ao aeroporto de Asunción e foi recebida pelo promotor Deny Yoon Pak e pela juíza da Vara de Combate ao Crime Organizado, Rosarito Montanía.

Segundo o Ministério Público do Paraguai, ela atuava no esquema de lavagem de dinheiro do tráfico, a serviço de “Tio Rico” e do marido Sebastián Marset. A uruguaia se declarou inocente, mas não quis prestar depoimento ao desembarcar em território paraguaio.

Morte de promotor – Considerada a maior investida das autoridades paraguaias contra o crime organizado que atua naquele país, inclusive na fronteira com Mato Grosso do Sul, a Operação “A Ultranza PY” levou ao assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci, ocorrido em maio de 2022 numa praia privativa em Cartagena das Índias, na Colômbia.

Pistoleiros colombianos e venezuelanos, envolvidos diretamente na morte de Marcelo Pecci, foram presos, mas até agora a investigação não chegou aos mandantes.

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