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Cidades

Julgamento de acusadas de aborto é suspenso até amanhã

Redação | 08/04/2010 19:32

A Justiça resolveu suspender e retomara amanhã, às 8h, o julgamento das quatro mulheres, ex-funcionárias da Clínica de Planejamento Familiar, que foram a júri popular hoje por 15 abortos. Previsto para terminar às 23h desta quinta-feira, a sessão de julgamento foi encerrada por volta das 19h20 no Tribunal do Júri, localizado no Fórum de Campo Grande.

A decisão foi informada pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, que atendeu a imprensa minutos depois da decisão. Ele disse que os jurados (cinco mulheres e dois homens) passarão a noite em um hotel mantido sob sigilo e que eles contarão com escolta de segurança da PM (Polícia Militar).

Segundo Aluízio Pereira dos Santos, pelo fato de os jurados terem de responder a 520 perguntas, o julgamento seria cansativo e por isso ele achou melhor optar pela suspensão. Amanhã, de acordo com o magistrado, a sentença deverá ser decretada no fim da tarde, por volta das 18h.

Advogado da psicóloga Simone Aparecida Canteguessi de Souza, Renê Siufi saiu do local sem conceder entrevista à imprensa e frisou que se pronunciará apenas amanhã.

A psicóloga e as enfermeiras Maria Nelma de Souza, Libertina de Jesus Centurion e Rosangela de Almeida passarão a noite em suas casas, de acordo com relato feito por Simone.

Hoje, Siufi disse durante o julgamento que as mulheres não tiveram qualquer participação nos supostos abortos realizados pela médica Neide Mota Machado, que se suicidou em novembro do ano passado.

O advogado das enfermeiras, Miguel Antunes de Sá, usou os mesmos argumentos e pediu a absolvição das quatro funcionárias.

Siufi ainda criticou a condução do caso pelos promotores Paulo Cezar dos Passos e Luciana Nagib do Amaral, que foram afastados do processo a pedido da defesa. O advogado afirmou que é caso de oficiar o Conselho Nacional do Ministério Público.

Ele considerou errado o fato de terem anexado ao processo os laudos elaborados em 2007. Só teriam sido juntados aos autos neste ano.

Renê e Miguel pediram a absolvição por falta de provas materiais da ocorrência de abortos e da participação das mulheres nos crimes. Elas negaram participação.

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