Julgamento de Beira-Mar muda rotina na região do Fórum
O julgamento do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar mudou a rotina nas imediações do Fórum de Campo Grande.
Crianças de 08 a 10 anos, que estudam na Escola Municipal Arlindo Lima, localizada no cruzamento das Ruas Barão do Rio Branco e 25 de Dezembro, pararam em frente ao portão para ver a movimentação de policiais na região.
Muitos alunos sabiam até que seria realizado o julgamento do traficante e disseram que não estavam com medo.
Um aluno explica que o julgamento é para "saber se Beira-Mar continua preso ou não".
Já outro, deu opinião acerca do resultado do júri. "Ele vai conseguir licença para o semi-aberto porque os advogados são bons", afirmou a criança.
A aposentada Luiza Araújo, 62 anos, caminha todos os dias na região do Fórum e hoje foi surpreendida pela operação policial.
Ela conta que não sabia do julgamento. "Nunca pensei que fosse isso", completa.
Luiza viu até o helicóptero sobrevoar a área na chegada do traficante ao Fórum.
Já o tabelião Paulo Antônio Serra da Cruz, 42 anos, trafega de carro todos os dias pela região e hoje teve de mudar a rota, já que ruas foram interditadas para o julgamento.
Para ele, não seria necessária a operação com tantos policiais. "Não sei por que transformar o 'cara' em artista", conclui.
Beira-Mar será julgado hoje pelo assassinato de João Morel, crime ocorrido em 21 de janeiro de 2001, no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima da Capital.