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Cidades

Julgamento sobre área em Miranda é adiado novamente

Redação | 14/05/2010 14:39

As famílias terena acampadas na propriedade do ex-governador Pedro Pedrossian, continuam acampadas na propriedade, apesar de protestos dos donos da fazenda.

O pecuarista Pedro Paulo Pedrossian, filho do ex-governador, retornou hoje a Campo Grande, depois de frustradas negociações para retirada pacífica da fazenda, ocupada desde outubro do ano passado.

Segundo ele, por "dois dias a única opção foi dormir em hotel, porque não deixam ninguém entrar na fazenda".

Mesmo com mandado de reintegração de posse expedido pela Justiça Federal, para cumprimento imediato, as lideranças dizem que só sairão depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar recurso contra decisão para despejo da área.

No STF, a informação é que só na próxima semana o recurso deve ser avaliado. Como é um agravo, não entra formalmente na pauta, é diretamente apresentado à mesa, sem agendamento prévio. Por isso, não há como definir a data que irá a julgamento.

Pedro Paulo garante que os índios interromperam novamente o acesso ao distrito de Agachi e ao lixão da prefeitura de Miranda. "Não deixam ninguém passar nem depositar o lixo da cidade. São os donos de tudo", reclama.

A Polícia Militar do município nega que a estrada tenha sido novamente interditada, como o que ocorreu na última segunda-feira. A prefeitura também garante que não enfrenta problemas para o depósito de lixo.

"Ele mente, porque sabe que a terra é nossa e tem medo de perder, porque a justiça vai ser feita", diz o líder terena Joãozinho Silva.

Os índios reivindicam a propriedade, que do ex-governador Pedro Pedrossian, como parte da terra indígena "Tumuné Kalivono" (Futuro das Crianças), que amplia a aldeia Cachoeirinha.

As famílias entraram na fazenda Petrópolis, de 1,9 mil hectares, em 22 de outubro de 2009. Mas em janeiro o ministro Gilmar Mendes determinou a saída e em março suspendeu a continuidade do procedimento administrativo de demarcação da terra.

Os Terena ocupam hoje somente 2.568 hectares assegurados na década de 1920, para uma população de mais de 7.000 pessoas.

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