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Cidades

Júri absolve acusado de participar de execução de delegado em 2013

Entretanto, ele foi condenado por coagir testemunhas durante o curso do processo.

Anahi Gurgel | 29/08/2018 18:48
Antônio durante julgamento nesta tarde (29), quando foi absolvido pelo júri. (Foto: Paulo Francis)
Antônio durante julgamento nesta tarde (29), quando foi absolvido pelo júri. (Foto: Paulo Francis)

Acusado de fazer escolta em um carro para garantir o sucesso da execução do delegado Paulo Magalhães, em 2013, Antônio Benitez Cristaldo foi absolvido pelo júri do crime de homicídio qualificado. A sentença foi proferida na tarde desta quarta-feira (29) pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos.

Entretanto, Benitez foi condenado por ter coagido, no curso do processo, três testemunhas para que não esclarecessem a negociação envolvendo a motocicleta utilizada no crime, que ele havia adquirido. Ele pode pegar pena de 1 a 4 anos de reclusão. 

Benitez foi pronunciado no artigo 121 , parágrafo 2º, incisos 1º e 4º, com artigo 344, ambos do código penal, com denúncia por ter dado amparo, de dentro de um Fiat Pálio, o executor do crime, que estava em uma motocicleta.

Segundo a pronúncia, “o crime foi cometido por motivo torpe, pois agiram a mando de terceiros, e mediante recompensa, bem como os outros recursos que dificultaram a defesa da vítima, que foi surpreendida com os disparos, quando estava distraída, dentro de seu veiculo, aguardando a saída da filha na escola”.

Defesa durante julgamento na tarde desta quarta (29), no Tribunal do Júri. (Foto: Paulo Francis)
Defesa durante julgamento na tarde desta quarta (29), no Tribunal do Júri. (Foto: Paulo Francis)

A defesa pediu a absolvição por negativa de participação e insuficiência de provas, sustentando "incompetência" nas investigações por nem mesmo ter descoberto o mandante do crime.

A partir do resultado, foram fixadas condições como não se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização da justiça e comparecer pessoal e obrigatoriamente à Justiça para informar endereço e atividades.

Depoimento- Em depoimento durante a manhã, o réu repetiu a mesma versão do pistoleiro José Moreira Freire, julgado no dia 15 deste mês e condenado há 18 anos de prisão. Os dois seriam julgados juntos, mas Antônio conseguiu liminar do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e teve o julgamento remarcado para esta quarta-feira.

Antônio sustentou que no dia da execução jogava cartas na casa do amigo Geraldino Morales Cardoso e ficou sabendo da morte do delegado pelo noticiário. Segundo Antônio, só fugiu após o crime porque a polícia estava atrás dele e ele não sabia o motivo.

Ele relatou que foi para a casa de um amigo. Essa foi a mesma versão dada por José, que também foi para a casa de um amigo quando ficou sabendo que a polícia o procurava.

O delegado Alberto Alberto Vieira Rossi, um dos responsáveis pela investigação na época do crime, também prestou depoimento e contou como chegou nos dois acusados. A moto usada no crime foi comprada por Antônio dias antes da execução do delegado.

Já Antônio foi acusado de fazer escolta em um Fiat Palio preto para garantir o sucesso da execução. O condutor da motocicleta era Rafael Leonardo dos Santos. O corpo dele foi encontrado no lixão, na saída para Sidrolândia. A vítima foi decapitada e a identidade foi esclarecida por meio de exame de DNA.

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