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Capital

Réu por morte de delegado repete versão de acusado já condenado

Antônio nega participação no crime. Afirma que no dia da execução jogava carteado na casa do amigo Geraldino Morales Cardoso e ficou sabendo da morte do delegado pelo noticiário

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 29/08/2018 11:42
Antônio durante julgamento que acontece desce às 8h desta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)
Antônio durante julgamento que acontece desce às 8h desta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Em depoimento durante julgamento nesta manhã (29) no Tribunal do Júri, Antônio Benitez Cristaldo, segundo réu pela execução do delegado Paulo Magalhães há 5 anos, repete a mesma versão do pistoleiro José Moreira Freire, julgado no dia 15 deste mês e condenado há 18 anos de prisão. Não houve identificação do mandante do crime.

Os dois seriam julgados juntos, mas Antônio conseguiu liminar do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e teve o julgamento remarcado para esta quarta-feira (29). Antônio foi acusado de fazer escolta em um carro para garantir o sucesso da execução.

Antônio nega participação no crime. Afirma que no dia da execução jogava carteado na casa do amigo Geraldino Morales Cardoso e ficou sabendo da morte do delegado pelo noticiário. Geraldino também prestou depoimento nesta manhã e confirmou a versão dele.

Segundo Antônio, só fugiu após a morte de Magalhães, porque a polícia estava atrás dele e ele não sabia o motivo. Ele relatou que foi para a casa de um amigo. Questionado pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, qual era o nome dessa pessoa, Antônio não quis falar. “Ele só me deu abrigo porque eu disse que havia brigado com minha esposa. Não quero comprometê-lo”, afirmou. Essa foi a mesma versão dada por José, que também foi para a casa de um amigo quando ficou sabendo que a polícia o procurava.

O delegado Alberto Alberto Vieira Rossi, um dos responsáveis pela investigação na época do crime, também prestou depoimento e contou como chegou nos dois acusados. A moto usada no crime foi comprada por Antônio dias antes da execução do delegado. O resultado do julgamento será divulgado no período da tarde. 

Crime - Conforme o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), José, que era garupa de uma motocicleta, efetuou diversos disparos de revólver contra o delegado aposentado, que estava na Rua Alagoas, no Jardim dos Estados, em frente à escola da filha. Já Antônio foi acusado de fazer escolta em um Fiat Palio preto para garantir o sucesso da execução. O condutor da motocicleta era Rafael Leonardo dos Santos. O corpo dele foi encontrado no lixão, na saída para Sidrolândia. A vítima foi decapitada e a identidade foi esclarecida por meio de exame de DNA.

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