Justiça concede liminar a PM preso por estupro em Jardim
A Justiça concedeu liminar na tarde de hoje para que o tenente-coronel da Polícia Militar, Márcio Vilassanti Romero, recorra em liberdade de condenação por estupro e atentado violento ao pudor. De acordo com a defesa, ele deve ser solto ainda hoje, e deverá reassumir suas funções na PM.
Segundo o advogado de defesa do PM, Alberto Gaspar Neto, a liminar foi concedida pelo desembargador Claudionor Abes Duarte porque as provas apresentadas contra Vilassanti durante o processo foram 'muito falhas'.
A defesa garante que o oficial será reconduzido ao posto de comandante do batalhão em Coxim. "Ele tem todo o direito de reassumir suas funções", alega o advogado que terá 30 dias para recorrer e diz que pedirá a anulação da sentença.
Para o irmão do acusado, coronel da PM Ilton Vilassanti Romero, a prisão de Márcio é espantosa, porque "não existe prova material, testemunhal, nem pericial" contra ele.
Romero alega também que em meados de 2003, época das acusações, houve vários estupros na cidade e o responsável já teria sido preso. Ele garante ainda que a vítima não reconheceu o tenente-coronel da PM como sendo autor do crime.
Caso - Vilassanti foi condenado a 14 anos de prisão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, cometidos contra uma jovem, em Jardim.
Segundo as acusações, ele saiu com a jovem e a levou para um local afastado, em uma das saídas da cidade, onde cometeu os crimes. A vítima procurou a Polícia e informou a placa do veículo e detalhou um adesivo que havia no carro.
Com estas informações, os policiais verificaram que o automóvel estava em nome da mãe do comandante. O oficial da PM foi reconhecido pela vítima, garante a promotoria que ofereceu denúncia contra ele.
