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Cidades

Justiça nega trocar extradição por dinheiro de Abadía

Redação | 16/01/2008 11:45

Foi rejeitado o acordo em que o traficante colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadía, que está preso no presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, propunha à Justiça trocar uma bagatela entre US$ 30 e US$ 40 milhões e informações sobre o mercado das droigas em troca de benefícios como, por exemplo, a extinção de acusações contra a mulher dele, além da extradição aos Estados Unidos. Lá, onde Abadía é acusado de uma série de crimes, a defesa pretendia tentar um segundo acordo, de redução de pena.

A informação sobre a negativa da justiça no acordo proposto ontem durante audiência em São Paulo foi dada hoje pela procuradora da República Thamea Danelon. Em outubro do ano passado, o juiz federal Fausto de Sanctis já havia negado delação premiada ao traficante alegando que o benefício "pressupõe o pagamento de indenização ou recuperação do produto do crime, não havendo nenhuma manifestação neste sentido\" no caso do colombiano.

A audiência do megatraficante colombiano no prédio da Justiça Federal de São Paulo durou mais de 3 horas. Abadia chegou à capital paulista na noite de terça-feira (15), vindo do presídio de segurança máxima em Campo Grande, onde está desde julho do ano passado, e passou a noite na carceragem da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste.

Durante a reunião, foi proposto um acordo incomum: o chefe de cartel de drogas na Colômbia estaria disposto a entregar uma fortuna de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões em troca de benefícios no processo movido contra ele por lavagem de dinheiro.

Ele queria queria que a Justiça Federal facilitasse a extradição dele para os Estados Unidos, sem exigir que pena fosse cumprida no Brasil. A decisão sobre a extradição de Abadia cabe ao STF (Supremo Tribunal Federal, em Brasília. A defesa do traficante entende que a sentença do juiz em São Paulo poderia retardar a ida dele para os Estados Unidos.

Nos EUA, Abadía é acusado de tráfico internacional, corrupção e assassinatos, inclusive de policiais. Os defensores dele acreditam que quanto antes estiver solo norte-americano mais rápido vai conseguirá negociar uma possível redução da pena, entregando bens e ainda mais dinheiro.

Bens aprendidos - A partir da prisão do traficante em agosto de 2007, foram apreendidos no Brasil o equivalente a R$ 6 milhões em dinheiro, além de um iate, fazendas e mansões. Parte do patrimônio milionário foi a leilão neste mês. A Policia Federal, até agora, procura mais de US$ 100 milhões que Abadia guardava dentro de um carro na garagem de um prédio em São Paulo. Esse veículo desapareceu. Não se sabe se é parte desse dinheiro que o traficante agora quer entregar para a Justiça. Um dos b ens de Abadía, um helicóptero, está em Mato Grosso do Sul, entregue ao governo do estado para ser usado no combate ao crime, mas ainda não foi usado, por falta de seguro.

(Com informações do portal de notícias G1)

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