Livro com palavrões é adotado por escola e gera polêmica
Denúncia feita pela mãe de um aluno questiona a postura do Cnec (Escola Cenecista Oliva Enciso) ao adotar como livro didático, para o 6° ano do Ensino Fundamental, a obra de um adolescente contendo palavras de baixo calão. Segundo ela, outro problema é o teor preconceituoso do material.
De acordo com a mãe, cujo nome é preservado para não expor a criança, o livro intitulado "Dia 4 de Vithor Torres" foi inserido na lista de materiais das crianças com idade média de 10 anos de idade.
"Um livro que a meu ver demonstra caráter racista, preconceituoso, com palavras de baixo calão e de pouco (pra não dizer nenhum) teor educativo/cultural", pondera a mãe.
Após entrar em contato com a escola e não obter o resultado esperado, ela diz que irá notificar o caso ao MEC (Ministério da Educação). Ela reclama que a linguagem do livro, que em inúmeros trechos utiliza termos como "puta" e "caralho", não é condizente com um material educativo.
A mãe pede que o livro seja retirado da lista e o dinheiro gasto com ele devolvido aos pais dos alunos.
Ela sugere ainda que a escola escolha autores como Manoel de Barros, se a intenção com a obra é apresentar às crianças textos com autores que estejam ao alcance dos alunos.
Confira alguns trechos do material recomendado pela escola, que marcou reunião para discutir o assunto hoje às 19h.
"Não que eu as conhecesse, mas até o mais idiota dos seres consegue reconhecer uma prostituta. No caso eram duas. Como sabia que eram putas? Muito simples. Uma profissional do sexo se veste apenas de duas formas: extravagantes ou quase sem roupa"