ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

Mãe de Eliza Samudio recorre à Justiça para que Bruno volte a ser preso

Recurso foi apresentado Sônia de Fátima Marcelo da Silva de Moura, nesta sexta-feira (3)

Luana Rodrigues | 04/03/2017 18:02
Sonia de Fátima, mãe de Eliza, no julgamento de Bruno em 2013 (Foto: Washington Alves/UOL)
Sonia de Fátima, mãe de Eliza, no julgamento de Bruno em 2013 (Foto: Washington Alves/UOL)

A mãe da ex-modelo Eliza Samudio, Sônia de Fátima Marcelo da Silva de Moura, recorreu na Justiça contra a soltura do ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado por mandar matar Eliza. O recurso foi apresentado nesta sexta-feira (3), na condição de assistente de acusação, que atua ao lado do Ministério Público no processo contra o goleiro. Bruno foi solto no mês passado, pelo ministro Marco Aurélio Mello, numa decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). 

De acordo com o portal G1, no pedido para prender novamente o ex-jogador, Sônia diz que a liberdade dele põe em risco a segurança e paz social, além de sua própria integridade física e de seu neto, filho de Bruno com Eliza.

Ainda conforme o site, no recurso contra a soltura, a mãe de Eliza relembra que Bruno não foi apenas condenado por mandar matar a ex-companheira, mas também por anteriormente, ter ameaçado, batido e prendido ela quando estava grávida.

“O paciente (Bruno) não só oferece risco, como também já manifestou seu interesse que colocar as mãos na vítima Bruno Samudio de Souza (filho do ex-goleiro com Eliza) e, teme a embargante (Sônia) que possa ocorrer com seu neto e consigo mesma, o que aconteceu com sua filha, ser morta”, diz o recurso.

Sônia diz que o ex-goleiro é “pessoa fria, violenta e dissimulada” e que sua personalidade é “desvirtuada” e “foge dos padrões mínimos de normalidade”. “Visível a demonstração de que o paciente, quanto sentir-se seguro, calculista e frio, bastando apenas, analisar suas declarações em rede nacional de televisão : ‘que mesmo que existisse prisão perpétua no Brasil , nem isso, traria a vitima de volta’”, diz a peça.

DNA - A defesa do ex-goleiro disse que vai pedir exame de DNA para ter certeza que o filho de Eliza é do ex-jogador. O menino, hoje com 7 anos, mora em Campo Grande com a avó materna.

No domingo (27), em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, Bruno havia dito que queria se aproximar do filho, mas que este seria o maior desafio da vida dele. “Quero ficar próximo do que vale a pena”, afirmou ao ser perguntado sobre o menino.

“O maior desafio da minha vida está por vir, porque um dia o destino vai me colocar cara a cara [com o garoto] e eu vou ter de explicar para ele tudo o que aconteceu. No momento oportuno eu vou poder trazê-lo para perto de mim, eu pretendo fazer isso, brigar por ele. Quem sofreu mais com esta história toda foi ele”, completou o ex-goleiro.

Na tarde desta quinta-feira (2), entretanto, o advogado de Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo, declarou que vai pedir o DNA ao chegar ao Fórum da cidade de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), junto com o cliente para que o ex-goleiro apresentasse o atual endereço após ganhar a liberdade, uma exigência da Justiça.

“Primeiro, vou tratar de algumas questões jurídicas. Tem que rever a questão da pensão alimentícia, tem que rever a questão do reconhecimento de paternidade. Na realidade, até hoje nunca foi feito um exame de DNA. Tem questões jurídicas que eu pretendo levar com mais seriedade e calma”, afirmou a reportagem do Uol.

Liberdade – Bruno Fernandes foi condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, Eliza Samudio, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com ela.

O ex-goleiro foi solto às 19h35 de sexta-feira (24) da Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) em Santa Luzia, após decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello. Ele alega inocência.

Nos siga no Google Notícias