Militares de MS voltam de "missão cumprida" no Haiti

Vinte e oito militares de Mato Grosso do Sul, integrantes do CMO (Comando Militar do Oeste), que estavam no Haiti desembarcaram às 0h45min desta quarta-feira na Base Aérea de Campo Grande. Além deles, no mesmo voo estavam outros 102 combatentes que também fazem parte do 11º Contingente da Força de Paz do Exército Brasileiro, mas que seguirão para o Rio de Janeiro.

Ao retornar, o capitão do Exército, Fábio Grisolia de Ávila, relatou momentos de sua experiência na missão de paz, disse que a volta foi "uma mistura de alegria, pelo retorno, com pesar, pelas mortes de nossos companheiros".

O militar citou as várias contribuições que as Forças Armadas Brasileiras realizavam no Haiti, como construções de escolas, orfanatos e estradas, "estavamos com sentimento de missão cumprida, quando no final da missão ocorreu o terremoto".

Ávila cita que o pior momento foi quando soube das mortes dos militares que estavam de serviço no Ponto Forte 22, completamente destruído pelos tremores, "mas tivemos de sair do pânico e do pavor rapidamente, para trabalhar no salvamento das vítimas".

O capitão-de-corveta Marco Antônio Prudêncio, que faz parte dos Fuzileiros Navais, contou que foi difícil entender o que aconteceu durante o terremoto.

Ele realizava patrulhas pela capital do Haiti, Porto Príncipe, junto com outros fuzileiros quando a terra tremeu, "havia muitos mortos nas ruas, muita gente ferida, muitos perderam as famílias. No final de nossa missão, ter um desfecho assim foi muito doloroso". Apesar de servir no Rio de Janeiro, o capitão desembarcou em Campo Grande, para rever sua família.

O comandante do CMO, General Renato Joaquim Ferrarezi, disse em entrevista que a Companhia de Engenharia de Força de Paz, composta por militares do Estado, recuperou estradas, escolas e construiu várias instalações, "Trabalhamos na educação do país, também. Infelizmente sofremos essa situação atípica, quando se preparavam para voltar".

Missão Cumprida