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Cidades

Negociação para indenizar fazendeiros em área indígena será retomada

Afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, ao governador Reinaldo Azambuja, durante visita à Brasília

Nyelder Rodrigues | 19/10/2017 23:57
Conflito com morte em 2013 chamou a atenção do restante do país (Foto: João Garrigó/Arquivo CGNews)
Conflito com morte em 2013 chamou a atenção do restante do país (Foto: João Garrigó/Arquivo CGNews)

Os estudos sobre o pagamento de indenização para produtores rurais que tiveram fazendas demarcadas como terra indígena em Mato Grosso do Sul deverão ser retomados pelo Ministério da Justiça, conforme prometeu o ministro Torquato Jardim em encontro realizado nesta quinta-feira (19) com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em Brasília (DF).

As negociações começaram a partir do conflito que resultou na morte do índio terena Oziel Gabriel, em Sidrolândia, durante uma ação de reintegração de posse da fazenda Buriti - que fica dentro da área indígena de mesmo nome - em maio de 2013.

Na época, ainda sob a batuta do governo Dilma Roussef (PT), com participação do Estado - o governador era André Puccinelli (PMDB) - foram iniciados os estudos para calcular o valor das terras e pagamento de indenização aos fazendeiros.

Entretanto, após dois anos, as negociação "empacou" em 2015. Os produtores pediram, inicialmente, R$ 150 milhões pelas áreas, valor quase que o dobro acima do proposto pela União, de R$ 78 milhões. Os fazendeiros aceitaram baixar a proposta para R$ 100 milhões, mas ainda assim não houve acordo.

Além da discordância sobre os valores, a tormenta política ao qual o governo Dilma passou a ser alvo dificultou ainda mais a continuidade da questão, que acabou caindo no esquecimento do Planalto, sendo reavivada agora, após dois anos parada e quatro anos e cinco meses após a morte de Oziel.

Por ora, Torquato afirmou ao governador Reinaldo Azambuja, segundo a assessoria de imprensa do Estado, que dará prioridade as propriedades que estão em disputa a mais tempo. Vão acompanhar a questão Governo do Estado e Assembleia Legislativa.

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