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Cidades

Onze estados se reúnem em MS e começam elaborar manual

Redação | 05/05/2010 15:39

Nos onze estados brasileiros que fazem fronteira com outros países, grupos especializados no policiamento desse tipo de região trabalham isoladamente.

Hoje, representantes de cada uma dessas corporações está em Mato Grosso do Sul, para conhecer a experiência do Estado e cumprir mais uma etapa de unificação dos procedimentos para combate aos crimes típicos de fronteira. Na troca das primeiras informações com o grupo, uma deficiência já fica clara, o efetivo disponibilizado para a segurança especializada.

Ao receber os representantes estaduais, o secretário de Segurança de Mato Grosso do Sul, garantiu que concurso será aberto para aumentar o efetivo do DOF ((Departamento de Operações de Fronteira), mas sem divulgar data ou vagas.

Já o coordenador o coordenador do Grupo Especial de Segurança de Fronteira de Mato Grosso, tenente coronel Antônio Mário da Silva Ibanez Filho, diz que por lá o efetivo é de 90 homens. "O necessário seria dobrar esse número", comenta.

Depois de desembarcar em Campo Grande, nesta tarde, os policiais seguem para Dourados DOF.

Na região, eles vão presenciar um modelo atualmente em atividade na região, o trabalho que unifica Força Nacional, polícias Federal, Civil e Militar, que atualmente atuam de forma conjunta na Operação Sentinela.

O grupo que veio ao Estado integra o Pefron (Projeto de Policiamento Especializado na Fronteira) e quer criar um Manual de Procedimento Operacional Padrão nas Fronteiras, para prevenção e repressão nas regiões de fronteira e de divisa de crimes como contrabando, tráfico de armas e de entorpecentes.

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, além de todos esses crimes ainda há o roubo de gado e entrada ilegal dos animais do Paraguai.

O responsável pelo grupo de Perícia da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), Marcelo Sabino, diz que um passo importante a ser tomado é a unificação de informações, para que todos os 11 estados tenham acesso aos dados de quadrilhas especializadas em crimes internacionais, o que, sistema que, por mais obvio que pareça, ainda não existe.

O projeto faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci.

A intenção é no período de um ano construir 18 unidades fixas na região de fronteira, com recursos federais. A instalação foi oficializada pelo presidente Lula, durante viagem a Ponta Porã, na segunda passada.

A idéia é formar grupos de no mínimo 46 integrantes para trabalhar nesse tipo d epoliciamento.

As bases serão construídas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Pará, Amazonas, Roraima e Amapá.

Todo o projeto, segundo o ministro, custará cerca de R$ 36 milhões, e deve ficar pronto até o fim deste ano.

Além de toda a teoria a ser elaborada, a proposta já garantiu R$ 6 milhões para construção de uma sede do DOF em Dourados e a instalação de uma unidade avançada no assentamento Itamaraty, em Ponta Porã.

Outros recursos são esperados para efetivamente garantir o policiamento na fronteira, como um helicóptero para a vigilância e aeronaves não tripuladas, compromissos de investimentos também feitos pelo presidente Lula, mas sem data para ocorrer.

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