Pai de menino diz ter peregrinado para registrar BO
O pai do menino Luiz Eduardo Martins Gonçalves, que está desaparecido há uma semana, Roberto Gonçalves, diz que precisou peregrinar para registrar o boletim de ocorrência do sumiço do filho. A criança desapareceu dia 22, no bairro Jardim das Hortênsias, em Campo Grande.
Acreditando que ainda valia a regra de que só após 24 horas registro de desaparecimento poderia ser feito, o pai da criança esperou até às 17 horas do dia 23 para fazer o registro. Ele foi acompanhado do dono do Cyber Café próximo à sua casa, Fabrício de Lima, que ficou amigo da família devido à presença constante do menino no local.
Primeiro os dois foram ao o 5º Distrito Policial, contam. Lá a plantonista teria informado que o registro deveria ser feito no Conselho Tutelar. Ao chegar no Conselho eles encontraram as portas fechadas. Depois começou a maratona de ligações. Segundo conta o pai do menino foram mais de 10 ligações, para Cepol e outras delegacias para saber onde o registro seria feito.
Acompanhado de Fabrício e do sogro dele, Roberto resolveu ir pessoalmente à Cepol. Ele conta que chegaram às 18 horas e o atendente informou que não poderia fazer o registro porque os computadores estavam ocupados. Ele recomendou que o grupo voltasse na quarta-feira, após o recesso mas, indignados eles disseram que não sairiam dali sem o registro. Após conseguirem fazer o registro foram informados de que as buscas só ocorreriam após o recesso de Natal.
Na quinta-feira a mãe do menino foi à DPCA e a delegada criticou a demora para registrar o boletim de ocorrência. Somente ontem um policial civil foi ao local para uma busca e encontrou um chinelo da criança. Irritados com a demora para as buscas, os pais da criança conclamaram um mutirão entre os vizinhos e na manhã deste sábado iniciaram eles mesmos a procura em um matagal. A primeira-dama, Maria Antonieta Trad, esteve no local. A equipe de resgate dos bombeiros chegou pouco depois.