Para autoridades, morte de bandidos é resposta "adequada e eficiente"

Autoridades em segurança pública no Estado defendem como "resposta à altura" o número de nove bandidos mortos em confronto com a Polícia Militar de janeiro até agora. O assunto voltou à tona na semana passada, com a morte de um assaltante que fez um caminhoneiro de refém, em confronto com policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).
Para o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, a Polícia tem dado resposta "adequada e eficiente".
“Os criminosos atiram e constantemente são tratados com resposta aquela agressão. Sempre que eles forem atacar, a resposta da Polícia vai ser defender a si e a terceiros. Eu gostaria que eles fossem presos, mas se atacam, serão mortos”, manifestou Jacini, em entrevista ao Campo Grande News

O comandante do Cfap (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), major Silva Neto explica que a função primordial da Polícia Militar é a prevenção da vida, mas ressalta que em uma situação extrema, como as últimas duas, por exemplo, de roubos de caminhão, os militares vão fazer o uso da defesa pela própria vida e de terceiros.
“Enfrentar a Polícia hoje é burrice. Os militares têm treinamento, capacitação e equipamentos aptos à preservação. Se há ataque, é inevitável que isso ocorra, mas não significa que estamos buscando algo neste sentido”, ressalta.

No caso de terça-feira, o bandido, segundo relatos da PM e da própria vítima, já havia atirado contra os militares da Cigcoe, e no momento em que tentava fugir em um veículo de passeio, atirou outras duas vezes contra a Polícia.
“Vejo isso como a ousadia dos marginais que continuam e vão continuar se dando mal ao entrar em confronto com a Polícia”, defende o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos.
O comandante citou que no último crime, os outros quatro bandidos envolvidos foram presos, sem que nenhum tiro disparado contra eles.
“Atribuo a uma responsabilidade dele, a Polícia prendeu os outros e contra eles nenhum tiro foi dado. Se ele não tivesse atirado, estaria ainda entre nós. A Polícia está agindo rigorosamente dentro dos ditames legais, que caracteriza legítima defesa”, finalizou David.