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Cidades

Para incentivar alunos de rede pública, projeto une matemática ao cotidiano

Viviane Oliveira | 13/10/2013 09:11
Professora mostra um dos trabalhos, Dicionário da matemática, desenvolvido durante o projeto. (Foto: Cleber Gellio)
Professora mostra um dos trabalhos, Dicionário da matemática, desenvolvido durante o projeto. (Foto: Cleber Gellio)

Na Escola Silvio Oliveira dos Santos, no Conjunto Aero Rancho, em Campo Grande, a matemática deixou de ser apenas uma disciplina, com cálculos gigantes e fórmulas distantes da realidade cobrada somente em provas, para ser aplicada no dia a dia. Com o projeto “Matemática no Cotidiano”, financiado pelo Instituto Unibanco, os alunos passaram a estudar os números de uma forma diferente: na prática.

O esforço de um grupo de professores de matemática sob a coordenação da professora Vanessa Lancine Gonçalves Sabatin deu tão certo, que o resultado de dois meses de trabalho foi uma exposição de matemática apresentada pelos alunos, na quarta-feira (3).

A professora Vanessa conta que, cerca de 690 alunos do ensino fundamental e médio, do período matutino e noturno, se envolveram no projeto. Cada sala ficou responsável por um tema atual, que envolvia o conhecimento matemático, proposto pelos professores.

Massa corporal, orçamento familiar, dicionário da matemática, taxa de emprego e desemprego, matemática financeira, saúde pública, mosaico com material reciclado, estatísticas de acidente de trânsito, foram alguns dos 15 assuntos elaborados pelos professores.

Na prática os alunos resolveram problemas que envolvem situações cotidianas e perceberam a real função da matemática, que está presente desde uma simples contagem de dinheiro. “Até quem não gostava da disciplina se saiu bem. No inicio eles ficaram com receio, mas depois começaram a se envolver. Eles fizeram cálculos, desenhos, montaram maquetes”, conta Vanessa.

Andressa e Camila contam a experiência de ter participado pela primeira vez de um projeto de matemática. (Foto: Cleber Gellio)
Andressa e Camila contam a experiência de ter participado pela primeira vez de um projeto de matemática. (Foto: Cleber Gellio)

Uma das alunas que participou do projeto, Andressa da Silva Vieira, 15 anos, está no 2º ano e pretende fazer a prova do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Ao contrário da maioria dos colegas, a adolescente, que sempre gostou de matemática contou que sempre se saiu bem nas provas, mas não tinha ideia de como botar na prática tudo que aprendeu até hoje. “Na prática a gente aprende mais rápido”, afirma.

Para o professor de matemática Jair Colman, o projeto que terá continuidade no ano que vem, foi uma experiência gratificante. “Com os trabalhos nós mostramos o lado gostoso e legal da disciplina”, diz.

Alguns dos trabalhos tiveram o envolvimento da disciplina de artes para a montagem dos desenhos e das maquetes. Cursando o 3º ano, Camila Souza, 17 anos, já decidiu o que pretende fazer quando terminar o ensino médio. “Gosto da matemática, mas quero prestar vestibular para Artes Visuais”.

O grupo de Camila ficou com o tema “Mosaico material reciclado”. “Nós colocamos o desenho no papel e depois calculamos e ampliamos a imagem”, explica a aluna. Os desenhos, que foram feitos com pisos de cerâmica, está exposto na parede do pátio da escola.

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