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Cidades

PF avisa, camelôs desobedecem e têm produtos apreendidos

Redação | 12/02/2009 15:31

Na quinta-feira passada a Polícia Federal chegou a avisar vendedores de tênis do Camelódromo, eles não acreditaram e hoje levaram prejuízo. Os policiais apreenderam cerca de três mil pares de tênis falsificados de cerca de vinte boxs. Ontem, a PF passou pela Feira Central e recolheu quase 700 relógios, alguns no valor de R$ 500,00, relata a Polícia.

Mais uma vez, a operação causa revolta nos comerciantes que reclamam da "hipocrisia" sobre os dois centros comerciais criados em campo grande, como investimentos do poder público.

"A Polícia vem aqui só para mostrar trabalho. Combater o crime lá na fronteira é difícil, agora pegar a gente é bem mais tranquilo", reclama a filha de um dos vendedores, que pede para não ser identificada com medo de retaliação.

Na semana passada, a PF foi até o Camelódromo para cumprir mandado de prisão de uma pessoa que tinha box no local. Ao passarem pelos corredores do centro comercial, os policiais perceberam uma grande quantidade de produtos piratas.

Apesar do crime constatado, na ocosião foi feito apenas o alerta aos comerciantes de que nesta semana voltariam, e quem insistisse em manter os tênis nas vitrines teria a mercadoria apreendida.

Hoje a ameaça foi cumprida. Em ação que teve início por volta das 10h30 a Policia Federal chegou ao Camelódromo e começou a apreender toda a mercadoria falsificada.

"Quando os policiais chegaram fomos pegando o que deu e levando para outro lugar", disse o funcionário de um box que não teve mercadoria apreendida. "Na semana passada, eles avisaram que voltariam. Daí a gente só deixou um pouco de produtos aqui", contou, enquanto abria o box para pegar o quê ainda mantinham escondido.

Relógios - Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Federal, a ação de combate à pirataria é de rotina. Na Feira Central, dos setecentos relógios falsos apreendidos, algumas falsificações tinham preço nas alturas, conta a assessoria, chegavam a ser vendidas por até R$ 500.

Treze pessoas foram levadas à superintendência e são ouvidas pela Polícia Federal em Campo Grande. Duas delas foram presas pelo crime de contrabando. Mas, dependendo das investigações, elas ainda poderão responder por outros tipos de crimes.

Vida de medo - "Se alguém disser que trabalha com produto original aqui no Camelódromo, está mentindo", disse João Bosco, proprietário de um box. "Está difícil de a gente trabalhar. Com o dólar alto o nosso lucro diminuiu muito, porque não dá para repassar o aumento", reclama.

Segundo uma comerciante, que preferiu não se identificar, o vizinho, que trabalhava com tênis, tinha feito um empréstimo para recompor o estoque, a maioria delas de produtos falsificados. "Agora, eu fico pensando. Como ele vai pagar o empréstimo se levaram tudo o que ele tinha?", pergunta-se.

Proprietários de boxs de produtos eletrônicos que foram entrevistados pela reportagem do Campo Grande News disseram que não tem o que fazer caso a PF resolva dar outra batida lá.

"Se eles voltarem vão levar tudo. Porque eu não tenho nota, e tudo aqui veio do Paraguai. Vou ter de achar outra coisa para fazer", resume um comerciante que preferiu ficar no anonimato.

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