ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, DOMINGO  28    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

PF investiga vínculo de chefão do tráfico que opera em MS com a Suíça

Cabeça Branca é conhecido como “embaixador do tráfico” e foi preso no ano passado pela PF como parte da Operação Spectrum

Gabriel Neris | 20/05/2018 11:48
Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, no dia 1º de julho do ano passado, quando foi preso no MT (Foto: Divulgação)
Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, no dia 1º de julho do ano passado, quando foi preso no MT (Foto: Divulgação)

A PF (Polícia Federal) investiga os vínculos do traficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, e do doleiro Carlos Alexandre Souza, o Ceará, com a Suíça. Cabeça Branca é conhecido como “embaixador do tráfico” e foi preso no ano passado pela PF como parte da Operação Spectrum.

Nesta semana foi deflagrada a operação Efeito Dominó em sete estados, entre eles Mato Grosso do Sul, com o objetivo de desarticular a quadrilha internacional de tráfico de drogas comandada por Cabeça Branca. A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e uma de prisão temporárias em Campo Grande, Dourados e Amambai.

De acordo com o portal UOL, a PF descobriu indícios de que uma das filhas do traficante e um dos filhos do doleiro estudaram em uma das escolas mais caras da Suíça. A suspeita é de que a presença dos dois seja um pretexto para enviar dinheiro do tráfico para o exterior.

Ceará foi preso na terça-feira durante a Operação Dominó. A PF argumenta que ele era um dos principais operadores financeiros de Cabeça Branca, responsável por depósitos, transferências e operações de câmbio ilegais com dinheiro do tráfico.

A ligação das duas famílias ficou evidente depois que a PF quebrou o sigilo das conversas por e-mail de Gabriel Barioni de Alcântara e Silva, apontado como namorado da filha do traficante, Luiza Pigozzo Rocha. Silva era estagiário da Justiça Federal, em Londrina (PR), e foi preso em novembro do ano passado acusado de ter vazado informações sobre processos de Cabeça Branca.

Em Campo Grande, os policiais prenderam Hamilton Brandão Lima – considerado uma das pessoas de ter contato direto com Cabeça Branca – em um condomínio de luxo na Vila Nasser. O pai do suspeito foi preso temporariamente em Dourados acusado de ser “laranja”.

Segundo a polícia, Pedro Araújo Mendes Lima e o filho formavam um dos dois núcleos de lavagem para legalizar o dinheiro que Cabeça Branca ganha da venda de cocaína para as facções criminosas brasileiras.

Com dinheiro fornecido pelo narcotraficante, Pedro e Hamilton plantam lavouras e criam gado em Mato Grosso do Sul. As investigações apontaram que após a prisão de Luiz Carlos da Rocha, no dia 1º de julho do ano passado, o esquema “esfriou” e os suspeitos passaram a adotar um comportamento discreto, mas sem parar as atividades.
Após as prisões, Pedro e Hamilton foram transferidos para a sede da Polícia Federal em Curitiba – delegacia responsável pela operação.

Nos siga no Google Notícias