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Cidades

Presos em blitz pagam fiança de um salário mínimo e são liberados

Caroline Maldonado | 27/09/2015 19:37
Alguns jovens pagaram até R$ 300 para taxistas passarem com carros pela fiscalização (Foto: Fernando Antunes)
Alguns jovens pagaram até R$ 300 para taxistas passarem com carros pela fiscalização (Foto: Fernando Antunes)

Após pagar fiança de um salário mínimo, foi liberada a maioria dos sete homens embriagados presos durante blitz, que começou as 5h, na saída de uma festa em Campo Grande. A operação do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) e Guarda Municipal para coibir acidentes próximo ao hotel, onde ocorreu a Festa do Branco, teve também um preso por desobediência.

Entre os autuados, um rapaz de 23 anos se negou a fazer o teste de alcoolemia, tentou sair como o caro, mas acabou fazendo o exame da delegacia, depois de uma hora. O teste resultou no valor de 0,21mg/l, que não configura crime e o jovem foi liberado após assinar Termo de Compromisso e Comparecimento.

Outros sete homens, com idade entre 19 e 33 anos, foram presos por embriaguez, já que ao fazer o teste do bafômetro os resultados passaram de 0,34 mg/l de álcool por ar alveolar expelido. Esse é o índice a partir do qual se constata a embriaguez, segundo o titular da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, Camilo Kettenhuber.

O delegado determinou fiança de um salário mínimo, porque os autuados não tinham passagem pela polícia. “A maioria já pagou fiança. Arbitrei esse valor para liberar todos, porque não tem nenhum marginal, que represente perigo e a cadeia já está lotada”, comentou Camilo.

O número de autuados poderia ser bem maior, em vista da proporção da festa, na avaliação do delegado. “Acho que a Polícia Militar não pegou mais gente por falta de efetivo, porque nesse tipo de festa tem muita gente e é inviável realizar prisão de todos embriagados. Se tivesse mais efetivo seriam flagradas mais pessoas”, disse.

Esquema Perigoso – A Festa do Branco ocorre anualmente, desde 2005. No estacionamento do hotel, no Jardim das Mansões, havia cerca de 300 carros, conforme a polícia. Na saída, alguns armaram esquema para driblar a fiscalização. Algumas pessoas pagaram até R$ 300 aos taxistas para que o carro fosse retirado do local e levado para longe dos policiais.

O taxista assumia o veículo do cliente, ultrapassava a blitz com o dono do carro no banco de passageiros, depois devolvia o volante para o proprietário e voltava a pé para buscar o táxi no estacionamento do hotel. Os policiais passaram a coibir a ação assim que perceberam o esquema.

Outros saíram da festa em vans, contratadas para fazer o transporte de ida e volta, por R$ 25 de cada um. Os menos preparados, pediam carona, pegavam táxi, seguiam a pé a procura de ponto de ônibus ou recorriam a mãe para sair do local sem serem autuados pela polícia.

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