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Cidades

Primeira leva de militares parte para missão no Haiti

Redação | 15/08/2010 11:41

O embarque da primeira leva de militares do 2º Batalhão de Infantaria do 13º Contingente de Força de Paz aconteceu na manhã de hoje, na Base Aérea. Vários familiares e colegas de farda estiveram na formatura que marca o início da missão no país da América Central.

A primeira leva é composta por 90 homens, de diversas organizações militares do CMO (Comando Militar do Oeste). Serão sete levas ao todo, sendo a última no dia 2 de setembro. Os 810 militares irão substituir o contingente que partiu para o Haiti após o terremoto e além de organizar a reconstrução do país, terão de prover a segurança durante as eleições presidenciais do país, em novembro.

Durante a solenidade de formatura, o pequeno Gabriel, de 8 anos, "quebrou" o protocolo e foi abraçar o pai, sargento Rafael Bezerra, que parte para a primeira missão no exterior. A cena comoveu os presentes.

Deixar os filhos por seis meses, para cuidar de outras famílias em um país distante não é fácil. O major Anderson Pereira tem duas filhas, de 2 meses e 3 anos. "Vamos sentir muita saudade. Eu e as meninas vamos tentar procurar o apoio nos parentes", conta a esposa do major, Liliane Pereira.

Dos 810 militares da missão, 517 são do Estado e destes, 80 são de Campo Grande. O Brasil já enviou 12 contingentes ao Haiti, onde a Missão teve início em 1º de junho de 2004. Este é o segundo contingente a ser preparado pelo CMO, que enviou o primeiro em 2006.

Após o terremoto, o Brasil passou a enviar dois contingentes em cada missão, que dura seis meses.

O voo, a bordo do Boing 707 da Força Aérea, faz escala em Boa Vista (RR) e deve chegar em Porto Príncipe, capital do Haiti, no início da tarde desta segunda-feira.

Casada com o suboficial André Goulart, a tenente Karine de Oliveira Bremm conta que mesmo sendo militar sofre com a ausência de seis meses do marido. "Mesmo entendendo a missão, é difícil não ter saudade", disse. Com poucas palavras, Goulart apenas diz que a responsabilidade e o sentimento de cumprir o dever são maiores que a saudade. "A responsabilidade ao dever e a missão é maior do que a saudade", resumiu.

O Brasil já participou de 32 missões de Paz, desde a criação da ONU. A primeira missão foi a Força de Emergência das Nações Unidas em Suez, que durou de 1957 a 1967.

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