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Cidades

Programa criado em MS ajudou a prender 36 com pornografia infantil

Além das prisões em MS, 150 pessoas foram presas em todo o Brasil por meio do Nudetective

Guilherme Henri e Viviane Oliveira | 29/09/2017 15:34
Uma das telas do programa criado pelos peritos em MS. (Foto: Reprodução)
Uma das telas do programa criado pelos peritos em MS. (Foto: Reprodução)

Desde que foi criado em 2012, a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul prendeu 36 pessoas em investigações de pedofilia por meio do programa NuDetective, ferramenta de detecção de nudez em arquivos digitais.

O sistema foi desenvolvido pelos peritos criminais do Estado Pedro Monteiro da Silva Eleutério e Mateus de Castro Polastro e tem colaborado com este tipo de investigação em todo o Brasil e até fora dele.

A ferramenta é um caminho para prender suspeitos em flagrante, pois consegue rastrear imagens de crianças nuas em pouco tempo, em computadores e outros dispositivos eletrônicos.

Além das prisões em MS, a Polícia Federal computa 150 prisões em todo o Brasil por meio do programa, divulgou sua assessoria de comunicação. A mais recente foi feita na quarta-feira (27), quando os federais prenderam em flagrante um jovem de 21 anos, em Campo Grande.

No celular, o rapaz mantinha cerca de 400 vídeos de pornografia infantil, incluindo 60 de estupro a bebês. Ele mora no Bairro Monte Castelo, na Capital, com os pais, em uma residência de alto padrão, onde foi preso.

Peritos Pedro Monteiro da Silva Eleutério e Mateus de Castro Polastro (Foto: Divulgação/ PF)
Peritos Pedro Monteiro da Silva Eleutério e Mateus de Castro Polastro (Foto: Divulgação/ PF)

Armazenar arquivos de imagens e vídeos contendo cenas pornográficas de adultos com crianças e adolescentes é crime, previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A ação da Polícia Federal que resultou na prisão do jovem faz parte das investigações relativas à Operação Cabrera, desencadeada em todo País em maio deste ano, para combater à pedofilia.

Programa - O NuDetective permite trabalhar em quatro frentes: Análise de Imagem: o software realiza detecção automática de nudez em imagens, através de técnicas de identificação de pixels de pele e de geometria computacional; Análise de Nomes: verifica o nome dos arquivos a fim de detectar as expressões mais comuns de pedofilia; Análise de Hash: compara o valor hash (que seria como se fosse a impressão digital) dos arquivos com uma lista de valores de arquivos ilegais conhecidos.

Com a mais recente atualização, o programa calcula a amostra ideal e extrai frames de vídeos, realizando a detecção de nudez nos frames a partir dos algorítmos utilizados pela Análise de Imagem, permitindo a identificação de vídeos de pornografia infanto-juvenil.

Pedro Eleutério e Mateus Polastro já publicaram vários artigos sobre o NuDetective e conquistaram prêmios pelo trabalho. A iniciativa já foi mostrada em eventos na Espanha, República Tcheca e Argentina. Disponível em português, inglês e espanhol, o programa vem sendo usados pelas instituições policiais e laboratórios forenses de diversos países.

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