Promessa de energia mais barata requer muita análise do consumidor
Mudança de tarifa tem recomendação para ser feita depois de abril

Os consumidores devem redobrar atenção antes de aderir a chamada tarifa branca, que promete economia de 18% nas contas de energia elétrica. Isso porque a nova tabela de valores das distribuidoras será alterada em abril e a redução pode virar vilã no processo.
Novo modelo de cobrança permite medir o consumo por horários, ante um período único, sendo os mais caros adotados entre 16h30 e 21h30. Para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a medida aprovada no ano passado vai beneficiar quem adota horários alternativos ou mesmo conseguir adaptar seus hábitos quanto ao uso de energia elétrica.
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Há necessidade de troca do equipamento de medição no imóvel, conforme o coordenador comercial da Energisa Roberto Brambilla Junior, sendo o custo pago pela distribuidora. O período para nova instalação é de 30 dias, a partir da assinatura de adesão nas unidades com atendimento presencial da empresa. "Será preciso analisar muito bem a conta", disse.
Recomendação ocorre porque a novidade, disponível nesse ano para clientes com média mensal superior a 500 kWh, pode ser alterada em abril pela revisão do valor a ser pago as distribuidoras. Economia, enquanto isso, pode ser testada em simulador da Energisa. Os clientes que porventura desistam e retornem a nova tarifa enfrentam carência de 180 dias.
Em termos práticos, Brambilla explicou que o novo modelo beneficiaria padaria que atende das 6h às 16h ou mesmo quem mora sozinho e sai do trabalho para a universidade. "Tem que olhar a rotina, lembrando que os horários de pico são válidos de segunda a sexta-feira, não valendo para finais de semana e feriados nacionais", completou.