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Política

Recursos do FCO para MS devem chegar a R$ 1 bilhão este ano

Carlos Martins | 06/12/2010 13:16
Diretores do BRDE e do Banco do Brasil assinam convênio para liberação do FCO. (Foto: Fábio Antunes)
Diretores do BRDE e do Banco do Brasil assinam convênio para liberação do FCO. (Foto: Fábio Antunes)

Um convênio assinado nesta segunda-feira entre o Banco do Brasil (BB) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vai ampliar a oferta de recursos para Mato Grosso do Sul por meio do FCO (Fundo Constitucional do Centro Oeste). Serão beneficiados principalmente os pequenos produtores rurais e micro e pequenas empresas que atuam nos setores agropecuário, industrial, agroindustrial, turístico, comercial e de serviços.

Durante a solenidade de assinatura, no Palácio da Cultura (no Parque dos Poderes), que contou com a presença do governador André Puccinelli (PMDB), o diretor presidente do BRDE, José Moraes Neto, trouxe uma boa notícia: o Banco Central autorizou a funcionamento oficial de um escritório do banco em Campo Grande. Atualmente, graças a uma parceria entre o governo do Estado e a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o BRDE mantém, desde março do ano passado, uma sala para divulgação na sede da federação.

Dados do Banco do Brasil mostram que desde 1989 o FCO já financiou R$ 24 bilhões em 631 mil operações de crédito. Deste total, os recursos liberados no estado chegaram a R$ 5 bilhões, em 135 mil operações. “Agora em 2010 devemos quebrar a barreira do R$ 1 bilhão em financiamentos, porque o último levantamento indicou que já foram liberados até outubro R$ 821 milhões em 11 mil operações”, informou o diretor de Governo do BB, Paulo Roberto Ricci, acrescentando que em todos os 78 municípios de Mato Grosso do Sul foram realizadas operações com o FCO, o último foi Ladário, na semana passada.

Já o BRDE estima que até o fim deste ano os recursos financiados no estado devem chegar a R$ 100 milhões. No ano passado, em 10 meses de operação, o banco liberou R$ 31 milhões. A partir do convênio, o BRDE, ao lado do Banco do Brasil, será mais uma instituição a financiar os recursos do FCO, incentivando os empreendedores. O BRDE já liberou em quase 50 anos de atuação cerca de R$ 65 bilhões.

“Este convênio assinado com o Banco do Brasil, permite que o BRDE ofereça mais uma linha de financiamento por meio do FCO, cuja taxa de juros é mais barata, diferenciada. Esta parceria consolida a atuação do BRDE no desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso do Sul”, disse o diretor-presidente do BRDE, José Moraes Neto. Com o convênio, o Banco do Brasil, que atua como administrador do FCO, poderá repassar os recursos do fundo para o BRDE que será também operador dos programas de financiamento.

O diretor de Governo do BB, Paulo Roberto Lopes Ricci, destacou a importância da parceria com o BRDE, que tem grande atuação no desenvolvimento dos três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). “O Banco do Brasil solidifica seu compromisso com o desenvolvimento social e econômico e juntamente com o BRDE assume um compromisso ainda maior de levar estes recursos aos produtores rurais e empresários”, salientou.

Codesul - Com o convênio firmado hoje, os investimentos serão repassados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para que o Banco do Brasil, como banco administrador, repasse os recursos para que o BRDE seja a instituição operadora para execução dos programas de financiamento.

A atuação do BRDE em Mato Grosso do Sul ocorre porque desde 1992 o estado passou a integrar o Codesul (Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul), órgão que integra os três Estados do Sul e foi formalizado em 1961.

O investimento é possível porque o Estado está inserido no Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul (Codesul) – que integra os três Estados da região sul e Mato Grosso do Sul. O conselho foi criado em 1961 através de um convênio entre os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 1992, Mato Grosso do Sul passou a integrar o grupo. “Tenho que agradeceu ao apoio dos três estados do Sul, que pegaram o irmão mais novo [Mato Grosso do Sul] e disseram: você também tem direito. É mais um agente financeiro que vai trazer maior satisfação, mais qualidade no atendimento, pois é mais uma instituição a fazer análises dos projetos”, observou Puccinelli, que é vice-presidente do Codesul.

Já com o escritório garantido, para Mato Grosso do Sul ter assento na diretoria do BRDE – com direito a indicar dois representantes - precisa fazer um aporte de recursos de pelo menos R$ 300 milhões. Hoje, o capital do BRDE dividido entre os três estados é de aproximadamente R$ 1 bilhão. “Com o equilíbrio das contas do Estado, talvez tenhamos o mérito e o direito de ter assento no BRDE”, disse o governador.

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