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Cidades

Santa Casa voltará à Associação

Redação | 18/01/2008 14:06

A ABCC (Associação Beneficente Campo Grande) vai reassumir a direção da Santa Casa após três anos de atuação de uma junta interventora tripartite formada pelo município, governo do Estado e União. A decisão foi tomada nesta sexta-feira, dia 18, em uma reunião que durou cerca de 3 horas com representantes da entidade, o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e o procurador do município Ernesto Borges.

Segundo o procurador, na segunda-feira, dia 21, uma nova reunião será o ponto de partida para a devolução do hospital à associação. Este processo de discussão deve durar cerca de dez dias e por um período de até três meses a gestão será compartilhada entre a junta interventora e a entidade até que esta última fique sozinha na administração.

Será no período da gestão compartilhada que a Associação e junta terão que sanar a questão das dívidas do hospital de acordo com o presidente da ABCG, Esacheu Nascimento. O presidente afirmou que há dívidas com credores (R$ 57,8 milhões segundo panfleto distribuído pela associação), o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e bancos. Disse, ainda, que é a Associação quem vai sanar as pendências, mas não deixou claro de onde virá o dinheiro. No panfleto distribuído pela ABCG, a responsabilidade recairá sobre o município.

Nascimento revela que a estratégia será criar fundos para o pagamento das dívidas. "Vamos discutir um plano para revitalizar o hospital", adiantou. Este plano, em princípio, exclui a implantação de uma gestão profissional defendida pela junta interventora e pelo MPE (Ministério Público Estadual). Porém, as empresas que a pedido do MPE fizeram um estudo sobre a Santa Casa, para propor um projeto de administração profissional, serão chamadas novamente. Representantes da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Pró Saúde fizeram um diagnóstico da Santa Casa no ano passado.

Quanto à posição do MPE que moveu em 2007 uma ação para manter a intervenção da Santa Casa, Esacheu afirmou que não compete ao órgão definir como será a administração do hospital. O presidente classificou a atuação do órgão até agora no caso como "intromissão de dois ou três elementos".

O tom do procurador do município e do presidente da associação ao anunciar o fim da intervenção foi cordial, não lembrou o clima tenso desta manhã quando a ABCG tentou assumir a Santa Casa, à revelia do decreto publicado pelo prefeito de Campo Grande que requisitou os bens do hospital. A posse foi classificada por Ernesto Borges como factóide. Esacheu limitou-se em dizer que espera a revogação do decreto do prefeito como parte do acordo para a retomada da administração.

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