Casal descobre coincidências doidas após match no Tinder e se casa
Recém-casados, para os dois ficou até difícil acreditar no tal acaso
Dizem que o amor verdadeiro encontra o seu caminho. No caso da Ana Paula Marques e do João Victor Navarrete de Almeida, ambos de 29 anos, a frase parece sob medida. Recém-casados, os dois acumulam coincidências que é até difícil acreditar que tudo seja apenas acaso.
Os dois nasceram em Mato Grosso do Sul, em 1995. João se mudou para Curitiba aos 2 anos, e Ana foi morar na mesma cidade, mas duas décadas depois, aos 22 anos. Mesmo com essa distância de tempo e espaço, eles frequentaram os mesmos lugares e, provavelmente, se cruzaram muito antes de se conhecerem oficialmente em 2021, graças ao Tinder.
"Eu estava terminando minha graduação em Sistemas de Informação em Curitiba, em plena pandemia. Recebi um super like dele e começamos a conversar, mas na época eu estava muito isolada e acabei deixando a conversa de lado", lembra Ana Paula.
Durante uma viagem a Mato Grosso do Sul, ela conta que sonhou com um desconhecido que, mais tarde, percebeu ser João. "Foi estranho, mas eu senti que tinha algo ali. Então resolvi retomar a conversa", conta.
A reaproximação aconteceu por causa de uma foto que João postou em um espaço verde conhecido em Curitiba. "Eu comentei a foto e depois de uma conversa ele me chamou para sair", lembra Ana.
O primeiro encontro foi marcado para 3 de outubro de 2021. Ana até comprou roupa nova para a ocasião, mas justamente no dia do encontro, João sumiu.
"Eu achei que ele ia me dar um bolo. Ele sumiu e só mandou mensagem meia hora antes dizendo que tinha ficado preso na estrada por sete horas, voltando de São Paulo onde fazia mestrado", conta Ana. Apesar do perrengue, ele não desistiu e manteve o encontro.

O namoro começou oficialmente em menos de um mês. A partir daí, as coincidências começaram a se revelar uma a uma. Os dois descobriram que tinham primos em comum, porque a tia de João é casada com o primo do pai de Ana.
Descobriram também que participaram da mesma festa de bodas de prata de uma tia, em 2011, quando tinham 15 e 16 anos. "Tenho fotos da minha família na festa, e o João participou do cortejo na igreja. É muito provável que a gente tenha se visto", conta Ana.
E não para por aí. O irmão de Ana já se hospedou na casa de João, muitos anos antes, para fazer vestibular em Curitiba. Até mesmo as datas carregam sinais misteriosos. O casamento civil aconteceu em 23 de abril, exatamente a mesma data em que os avós paternos de Ana se casaram, mas lá em 1952.
E quando se fala em signos, mais uma conexão. João e o pai de Ana são cancerianos, Ana e a mãe de João são librianas.
“Mesmo no nosso dia-a-dia existem muitas coincidências ou sinais que a gente fica bem impressionado. São umas coisas bem fora da curva e direto isso acontece. São indícios de que era uma relação que era para ser, era para acontecer”, avalia João.
Para chancelar a união entre amigos e familiares, a festa de casamento aconteceu no Palácio Garibaldi, em Curitiba. Um lugar cheio de simbolismo para os dois apaixonados por arquitetura e design. "A cerimônia não foi religiosa, foi sobre a nossa história. Todos ficaram muito emocionados", conta Ana.
Hoje, a vida segue ao lado um do outro, de forma leve e intuitiva. "Desde o primeiro dia, tudo fluiu. Eu já estava cansado de procurar alguém, cansado dos rituais de namoro. Com a Ana, tudo foi muito tranquilo, natural. Funciona como se fôssemos melhores amigos de longa data", descreve João.
Atualmente, os sul-mato-grossenses se dividem entre a vida em Atlanta, nos Estados Unidos, e o Brasil. Apesar de ter começado a faculdade de Arquitetura, Ana se formou em Sistemas de Informação e hoje trabalha como designer de produto. João, por sua vez, começou em Design e terminou em Arquitetura. "Até nisso somos espelhados", brinca João.
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